27 de dezembro de 2018

MUSEU DO ÍNDIO - Um projeto para o IHGTap em 2019


Juntamente com meus votos de boas Festas e feliz ano novo, proponho aos confrades do IHGTap a formação de uma comissão encarregada de elaborar estudo de viabilidade econômica do Museu do Índio sediado em Santarém ou Alter do Chão e de propriedade do IHGTap, em terreno a ser doado pela Prefeitura Municipal de Santarém e construção financiada por empresários interessados em recuperar o investimento pela renda do funcionamento do Museu e ter os nomes em destaque como benfeitores do Museu.
O fundamento econômico do empreendimento é o potencial de renda do movimento de turistas que aportam em Santarém todos os anos e cujo principal atrativo será o Museu.
Estimativa preliminar de renda de bilheteria, apenas dessa fonte, tomando por base a temporada 2017 a 2018 seria de 40 navios com 30 mil passageiros e 15 mil tripulantes, dos quais cerca de 10 mil seriam visitantes do Museu, gerando receita anual de 100 mil dólares, além da receita da loja de souvenires associada ao Museu e outras rendas a serem propostas no estudo.
Recomendo que o estudo seja elaborado em conjunto com o SEBRAE nos moldes de um plano de negócios, com especial cuidado no cashflow. Igualmente, que se elabore um plano de Marketing e RP para angariar financiadores e convencer os políticos a doarem o terreno.
A sede do Museu passaria a ser também a do IHGTap e outras instituições afins.

27 de novembro de 2018

Uma Missão para as Universidades brasileiras


Universidades brasileiras deveriam ser centros de excelência e eficiência no estudo, na pesquisa e desenvolvimento científico-tecnológico, promovendo saltos da produtividade e melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.
Entrar em tais centros de excelência deveria ser privilégio de alunos altamente qualificados, preparados em escolas de primeiro e segundo graus igualmente excelentes.
Imagem relacionadaTais escolas deveriam ser altamente democráticas, amparando de forma igual e integral todos os alunos, independentemente de suas origens de classe, etnia e sexo, de tal forma que as oportunidades fossem equitativas, direcionando os alunos conforme as respectivas capacitações e proficiências.
Tal sistema pode ser edificado em três frentes:
·        No político, por um Conselho Nacional da Educação com a missão de definir objetivos de longo prazo da nação brasileira a serem perseguidos pelos governos eleitos com recursos humanos e tecnológicos fornecidos pelas universidades;
·         Na educação superior, formando professores dos três níveis, excelentes em suas proficiências, cada universidade seguindo a política respectiva estabelecida pelo Conselho Nacional da Educação em função das especificidades regionais;
·         Na educação inferior, pela disciplina e respeito dos alunos ao professor, educação integral a alunos com pais ignorantes e sem capacitação paterno-maternal, aferição de desempenho ao longo da vida escolar, e encaminhamento profissional conforme as respectivas vocações, habilidades e talentos.

26 de outubro de 2018

Voto irrecusável

Celso Daniel foi assassinado em 18 de janeiro de 2002, portanto antes da campanha que levou Lula e o PT ao poder.
Mara Gabrilli, a deputada paraplégica, pedira a Lula que coibisse a máfia que dominava as prefeituras petistas de Santo A
ndré e outros municípios achacando empresários de ônibus e de coleta de lixo para arrecadar dinheiro para as campanhas eleitorais petistas, mas Lula desconversou, como se nada soubesse a nada daquilo tivesse a ver com ele.
Celso Daniel foi torturado e assassinado, o PT e Lula foram chantageados, Bumlai (amigo de Lula) foi induzido por Delúbio a tomar empréstimo no Chain para pagar a chantagem e ficou tudo por isso mesmo.
Portanto, a “organização criminosa” de Lula e PT existe desde muito antes da eleição de 2002.

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Essa máfia não somente já existia antes de Lula tomar posse, como se alastrou por toda a estrutura do governo federal e dos estados e municípios dominados pelo PT e seus puxadinhos, resultando em muitos escândalos como o dos Correios, o mensalão e o petrolão. Finalmente, o chefe da quadrilha foi condenado e está preso em Curitiba
A lavajato está limpando parte da sujeira, mas é necessário higienizar a estrutura do Estado brasileiro para que o povo brasileiro possa começar nova fase na vida nacional.
Não se trata de preferir um ou outro candidato a disputar eleições ordinárias. Estamos numa encruzilhada da vida nacional, ou acabamos com a organização criminosa e limpamos o país, ou continuamos submetidos à mesma máfia que tanto mal já fez à nossa pátria. Este é o verdadeiro dilema que muitos aficionados de Lula e do PT ainda se recusam a reconhecer apesar de todas a evidências.
Portanto, eu posso me sujar nestas eleições, mas se eu, por omissão, permitir a continuidade da organização criminosa estarei traindo a minha consciência e a minha pátria.

13 de outubro de 2018

Bandeira Branca

Não Posso Mais
Pela Saudade
Que Me Invade
Eu Peço Paz. (Dalva de Oliveira)
Queridos parentes, amigos e confrades, aos oitenta e sete anos, já percorrida a maior parte do que me resta de vida e, há muito abandonada a vaidade, com profunda humildade lhes peço perdão e paz.
Perdão, porque podem sentir-se ofendidos por algo que eu tenha dito.
Paz, porque necessito conviver harmonicamente com quem mais prezo, respeito e amo.
Brigas, malquerenças, conflitos, guerras existem quando estamos apaixonados por nossas crenças, nossos ídolos e deuses, ideais e ideologias, partidos e líderes, até times de futebol. É por isso que encamisados de Vasco ou Palmeiras agridem e matam torcedores de Flamengo ou Corinthians, ou vice-versa. É por intolerância radical ao diferente, ódio irracional ao adversário, desrespeito à dignidade humana do oponente.
Sinto-me seguro, talvez impropriamente, de não ter diminuído, destratado ou ofendido a dignidade da pessoa de qualquer de vocês, porque procuro me comportar conforme fui educado, e por meus argumentos se apoiarem, quem sabe indevidamente, em fatos e números. Mas nada disto importa se aqueles que me ouvem ou leem se sintam magoados e ofendidos por verem feridas suas verdades e crenças. Se isso ocorre, então, peço perdão.
Muito embora meus argumentos encontrem grande número de apoiadores entre os milhares de amigos e centenas de seguidores das redes sociais, percebo que os ambientes mais próximos (família e IHGTap) são povoados por maioria de opositores ideológicos, alguns bastante incisivos.
Meus parentes, amigos e confrades sendo, como são, tolerantes e respeitosos por berço e educação, haverão de me tolerar e respeitar como pessoa, mesmo que não tolerem minhas ideias, assim como, embora discorde de suas opiniões, tolero e respeito a dignidade de suas pessoas.
Mesmo porque a intolerância, o cerceamento da liberdade de expressão, a censura, seria a mais completa negação da Democracia só concebível em ditadura totalitária como o nazi-fascismo hitlerista ou comunismo stalinista. Afinal, concordamos todos com Voltaire: : “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”.
Estejam todos certos de que, como Bertrand Russel, “eu jamais morreria pelo que acredito porque posso estar errado”.
Paz e Amor.

10 de outubro de 2018

Indignação, Revolta e Desespero


Está todo mundo discutindo sexo dos anjos, liberdade, igualdade, fraternidade, direita, esquerda, fascismo, socialismo, quando nada disto está no centro das preocupações do eleitorado brasileiro.
O povo brasileiro está movido pelo desespero. Está encurralado, ameaçado por todos os lados, agredido, assaltado, assassinado por criminalidade nunca vista, quer por bandidos armados, quer por inércia, incompetência e corrupção de um Estado levado à falência moral e financeira por políticos de diversos partidos, principalmente pelos que estão no poder desde 2003, os que foram cooptados pela corrupção, e o que os cooptou pela corrupção instituída pelo “Benfeitor da Pátria”.
O bandido traficante mata desferindo tiros nas favelas. O bandido corrupto mata roubando o que falta para socorro ao paciente que morre abandonado na porta do hospital. Estes são os motivos da indignação e da revolta.
Quando te falta ar, o único em que pensas é poder respirar novamente. Estas eleições tem o mesmo sentido, são plebiscito entre o terror opressivo do crime da bandidagem pé de chinelo, associado à degradação debochada do crime da bandidagem política, versus a promessa de salvação de um profeta “Salvador da Pátria”.
Brasil, pátria infeliz, trazida a tal indignidade por dezesseis anos de desgoverno e corrupção.

9 de outubro de 2018

Solução de desespero


Uma das maiores criminalidades e a maior corrupção já vista no Mundo não são “sórdida mentira que se espalha nas redes sociais” como querem alguns.
Quando um médico caminhando ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, bairro de classe média alta do Rio de Janeiro, é assassinado a facadas por um pivete, toda classe média do Brasil é atingida pelo horror dessa barbárie.
Quando, na Favela da Maré, a mãe de um menino de doze anos vê seu filho, arregimentado por traficantes, morto em conflito entre bandidos, todas as mães do Brasil são atingidas pela barbárie.
Quando um doente qualquer morre à porta do hospital sem ser socorrido por falta de recursos desviados por políticos corruptos de praticamente todos os partidos, principalmente daquele que está no poder, todos os doentes do Brasil são atingidos por esta barbárie.
A sociedade brasileira toda se sente atingida pela barbárie e pede a Deus que lhe indique um salvador. Então, pelo mesmo motivo que as comunidades pobres aceitam pacificamente o jugo das milícias, que supostamente as protegem dos traficantes, a sociedade brasileira toda, ou pelo menos a maioria que se sente atingida pela barbárie, em desespero, renega o “benfeitor dos pobres”, que no seu entender deixou a barbárie acontecer, e se entrega ao novo “salvador da pátria”, por pior que ele seja, como são as milícias, e o carrega nos ombros até o Poder.
É a solução do desesperado que não têm outro refúgio para se proteger.

7 de outubro de 2018

Um Sonho de paz


Eu tive um sonho. Neste 7 de outubro de 2018, fui bem cedo votar em meu candidato a presidente. Votei, voltei, almocei, adormeci e sonhei.
Um sonho de paz e harmonia. Sonhei que todos os brasileiros, unidos em perfeita concordância, trabalhavam irmanados pela recuperação econômica, pelo desenvolvimento de nosso país.
Sonhei que o presidente eleito, não o em que votei, após as solenidades de posse em 1º de janeiro, vai a Curitiba visitar Lula. Ambos conversam por algum tempo e logo saem de braços dados, caminhando até o acampamento “Lula Livre”, onde Lula discursa convocando todos os brasileiros à conciliação. Lula está livre.
Devido a este pacto de harmonia, o novo presidente obtém apoio da sociedade e do Congresso, ergue o país da recessão e cria dezenas de milhões de empregos, encerrando sua gestão com grande sucesso e popularidade.
Lula, engrandecido como pacificador nacional, recebe galardão jamais dado a um brasileiro, o Prêmio Nobel da paz e, em seguida, é eleito presidente do Brasil.
Acordei com grande esperança de que este sonho se torne realidade.
O que tu me dizes? Também queres que este sonho se realize?

5 de outubro de 2018

A paz necessária

Uma das características necessárias ao pesquisador é a isenção, mente apta a analisar qualquer coisa, de qualquer origem, sem espírito preconcebido.
Neste momento de ódio insano que divide nossa nação, nós que gostamos de nos considerar parte da elite intelectual de nossa região, temos reponsabilidade de tentar baixar as tensões em busca de oportunidades de pacificar e, se possível, unir nosso povo no trabalho de reconstrução de nossas estruturas ética, política, social e econômica, abaladas pela maior crise já ocorrida neste país.
Como fazer isto? Xingando, desconstruindo adversários, recusando o diálogo, sabotando a reconciliação, destilando rancor e ódio? Não me parece prático nem útil?
Por incrível e inesperado que pareça, ante o espetáculo de ofensas recíprocas entre inimigos inconciliáveis, vimos outro dia o presidente da maior potência militar do Mundo descer de seu pedestal e ir até Cingapura dialogar abertamente com o líder da Coreia do Norte.
Nós, que gostamos de História, nos lembramos da Realpolitik de Bismark que consolidou a Alemanha no século XIX, e da Ostpolitik de Willi Brandt que conduziu ao Tratado de Moscou em 1970, diminuindo em parte as tensões da Guerra Fria na Europa Central.
Seria possível para nós brasileiros do século XXI adotarmos postura realista, pragmática, e tentar a reconciliação nacional pelo bem de nosso povo, pelo engrandecimento de nossa pátria? Como começar isto, senão pela predisposição de, pelo menos, ouvir a outra parte?
Há muito anos, consegui me disciplinar mentalmente para sempre buscar o que dizem as partes contrárias, mesmo que eu tenha fortes simpatias por um dos lados, o que é muito raro. Se, por exemplo, alguém faz acusação a Getúlio Vargas, de quem nunca gostei, procuro alguma opinião contrária e, se possível, outra contrária a esta, em busca da sempre esquiva verdade. É o que busco fazer no presente momento de grande tensão política.
Espero que todos nós brasileiros, patriotas, possamos adotar atitude realista e pragmática em prol da pacificação nacional, do bem de nosso povo, do engrandecimento do nosso Brasil.
Do fundo de minha alma apelo a todos pela concórdia nacional.

29 de setembro de 2018

Políticas de Fé ou Ceticismo

O filósofo da História, Michael Oakeshott, nos ensina que o seguidor da Política de Fé está convicto de que o sistema político-econômico no qual acredita seja o ideal perfeito para as nações e deve ser implantado mesmo sem assentimento de seus povos e, para evitar reação, imposto de modo imediato e geral.
Se o resultado dessa política é satisfatório, a população se conforma, aceita e até apoia, mas como não há sensação de pertencimento por parte dos operadores a produção de benefícios é restrita e lenta. Exemplo importante disto são os sistemas universais de saúde gratuitos, existentes em vários países, que prestam bons serviços, embora aquém de hospitais particulares de primeira linha, e mesmo de planos de saúde pagos por empregadores.
Por outro lado, se o projeto fracassa, os resultados muitas vezes são terrivelmente desastrosos. Exemplo de tal falha foi o Grande Salto para Frente, de Mao Tsé-tung, que visava desenvolvimento igualitário e rápido, mas que gerou a Grande Fome e mortandade de dezenas de milhões de chineses. Tragédia semelhante fora produzida décadas antes por Stalin na União Soviética, mas não serviria de lição a quem depositava inabalável fé em sua própria verdade. E assistimos algo semelhante agora na Venezuela.
Já os proponentes da Política de Ceticismo tendem a manter o status quo, embora aceitem que algum particular possa experimentar aperfeiçoamentos por conta própria e dentro de seus limites.
Quando tais projetos fracassam, os prejuízos ficam circunscritos aos limites originais, cessam de imediato e, geralmente, podem ser reparados porque raramente causam mortandade humana. O exemplo de maior repercussão foi o desastre de Bhopal, em 1984, quando a fábrica da Union Carbide na Índia vazou gases tóxicos que mataram dez mil pessoas.
Se há sucesso, no entanto, este se propaga rapidamente pelos motores da imitação e da emulação inerentes ao ser humano e, em muitos casos, beneficiam toda a Humanidade.
Podemos citar alguns exemplos:
· Agricultores japoneses plantaram juta na Amazônia e logo foram imitados por quase todos os ribeirinhos do Baixo Amazonas, os quais viram suas rendas aumentadas enquanto essa fibra vegetal não sofreu concorrência das sintéticas;
· Henry Ford introduziu a produção seriada em massa de automóveis e teve seus métodos copiados por quase todas as demais indústrias, multiplicando a eficiência da produção de bens de todos os tipos, cada vez melhores e mais baratos;
· Bill Gates, em sua garagem, produziu o sistema operacional para microcomputadores que disparou a criação do Mundo informatizado que temos hoje;
· Em 1969, dois elos da ARPANET foram criados em duas universidades da Califórnia, dando origem à Internet e à Sociedade do Conhecimento e da Informação que temos hoje em franca expansão;
· Durante a Segunda Grande Guerra, o vice-presidente dos Estados Unidos, Henry Wallace, executando a Política de Boa Vizinhança na América Latina, solicitou à Fundação Rockfeller que coordenasse e financiasse uma pesquisa científica orientada à eliminação da fome no México. O agrônomo e geneticista Norman Borlaug participou desse projeto, criando um cultivar de trigo semianão - pelo qual recebeu o Prêmio Nobel - que ajudou a eliminar a fome no Mundo. Projeto semelhante foi posteriormente realizado nas Filipinas, com cultivares de arroz, completando o trabalho de eliminação da fome iniciado por Borlaug.
Nenhum destes casos foi implantado de modo amplo nem impositivo. Todos evoluíram a partir de ambientes restritos e em processos de lenta consolidação até que, tendo eficácia provada, espalharam, rapidamente e por toda parte, benefício generalizado.
Podemos concluir que a mera proposição de Política de Fé empurra a sociedade para o aperfeiçoamento, mas sua aplicação real, muitas vezes, provoca desastres humanitários e, por outro lado, que a simples pregação de Política de Ceticismo é inerte, mas sua implementação geralmente produz prosperidade e bem-estar.

26 de agosto de 2018

O estado patológico do Estado brasileiro


O conceito de Estado surgiu quando a primeira sociedade agrícola, estabilizada em determinado território, percebeu que deveria se organizar sob a égide de um líder, barão, conde ou rei, uma monarquia, ou de um conselho, uma república, para proteger a vida e a propriedade de seus agricultores e artesãos contra assassinos e salteadores externos e internos dando origem aos exércitos e às polícias, cabendo ao líder o julgamento dos conflitos de interesses entre pessoas do povo, o relacionamento com outras comunidades agrícolas, e arrecadação dos dinheiros para custear todas essas funções.
Embora, ao longa da História, soberanos tenham usurpado muitos poderes em benefício da pompa e circunstância próprios e de suas cortes, a essência do Estado, sua justificativa de continuidade sempre foi e é manter exército, polícia, justiça, diplomacia e finança pública, sempre com o propósito fundamental de proteger a vida, a honra e o patrimônio de todos os cidadãos.
O que assistimos cotidianamente no Brasil é o agravamento de doença crônica a carcomer as entranhas de um Estado a serviço de imensa corte de sátrapas (altos dignitários) e “laterones” (que ladeiam o rei|) a sugar sangue, suor e saúde do povo, sobrecarregando-o com altíssimos tributos e negando-lhe a vida, a honra e a propriedade, todas à mercê de assassinos e salteadores internos e externos, inclusive aqueles cuja missão é exatamente essa, de salvaguardar o cidadão comum de tais ameaças.
O Estado brasileiro perdeu as funções primordiais, essenciais e justificadoras de sua existência e precisa ser refundado com novos quadros governantes e administrativos capazes de engenhar um novo Estado, apto a enfrentar os desafios da globalização e da modernidade tecnológica, garantidor da vida, da honra, isto é, da dignidade, e do patrimônio de todos os cidadãos.
Que morra o Estado facínora. Que surja o novo Estado virtuoso.

12 de agosto de 2018

Frases escolhidas de A Montanha da Sabedoria


“Por isso, pensando em Lucas e demais netos, netas e bisnetos, além de todos os que estão por vir, compilei estas reflexões, denominadas “A Montanha da Sabedoria”, que poderiam ser “Os Cinco Poderes” porque foi assim que meu pai denominou as virtudes ou valores que me ensinou.
Desejo a todos a ventura de aprender mais do que eu mesmo fui capaz, sem ter que penar tanto por cada pequena parcela desse minúsculo conhecimento, pois que a vida castiga duramente aqueles que não aprendem cedo o que serão forçados a aprender mais tarde de qualquer forma e a alto custo. 
“Que Deus os abençoe e sejam todos sábios e felizes. Sábios para reconhecer que a felicidade está dentro de cada um de nós e apenas temos que aprender a encontrá-la. E, para que a felicidade seja completa, basta que nos dediquemos corretamente à missão que estabelecermos para nossas vidas e, com simplicidade, nos entreguemos ao amor de quem nos ama. Espero que sejam condescendentes com este pobre velho, apenas o suficiente para ler e aproveitar, se puderem”.
“Vem comigo, vamos caminhar um pouco por estas belas trilhas da montanha. Ao avançarmos, a cada volta descortinaremos novo panorama, cada um tão encantador quanto o anterior. Mas cuida atentamente dos teus passos nestes tortuosos e escarpados caminhos, não te deixes maravilhar pela paisagem ao ponto em que não percebas que a pedra onde vais pisar está em falso e te fará cair no precipício”.
“O viajante deve estar atento ao cavalo, à carroça e ao cocheiro que o levam, ao caminho por onde vão e, olhando por entre as árvores, tentar antecipar a chegada de salteadores ou avistar a fonte onde possam se refrescar e saciar a sede”.
Esta montanha me ensinou muitas coisas nestes longos anos que aqui estou desde que para cá vim refletir sobre o Universo e a Vida. Uma coisa é certa, qualquer que seja o que desejes fazer, ser ou ter, deves ser capaz de realizá-lo. Por isso, tens que ter os cinco Poderes ou Virtudes que te direi quais são enquanto subimos a montanha”. 
“São Poderes porque te darão força para realizar teus sonhos e, se quiseres, te darão poder e riqueza. Força, Poder e Riqueza são coisas excelentes ou terríveis, dependendo da maneira como as apliques, conforme o uso que faças delas. Como sei que somente farás bom uso delas e só as aplicarás para o bem e em busca da felicidade, eu as chamarei apenas de Virtudes, porque é exatamente isto o que são”.


O sábio parou, olhou profundamente os olhos do aprendiz e falou sobre a primeira Virtude. “A mais importante, a mais fundamental, é a moral, a mãe das virtudes, a geradora das demais, a que dá consistência ao caráter e dignidade ao ser humano”. 
“Não importa teu estado físico se tua moral for elevada. Mesmo que a infelicidade despenque sobre ti e te torne incapacitado, sem visão e sem movimentos, se tua moral for suficientemente forte, se tiveres coragem, força de vontade, não somente, suportarás o infortúnio, como o superarás e manterás tua dignidade, serás capaz de suportar estoicamente as maiores adversidades sem abandonar teus objetivos e tuas realizações. Atenta, querido jovem, para que tua moral seja inabalável e estejas sempre em altos níveis, porque esta é Virtude mais preciosa que existe, o bem maior do ser humano”.  
“Entende-se por Bem é tudo o que conduza à defesa e preservação da vida humana, à saúde e bem-estar do indivíduo, à sua prosperidade e boa convivência com o resto da Humanidade”. 
“O bem maior, talvez inatingível, mas que todos devemos sempre buscar, é a felicidade geral, circunstância em que todos sejam corretos, justos, saudáveis, amorosos, cultos, prósperos, altruístas e se relacionem de forma cooperativa, com reciprocidade equitativa, harmônica e em concórdia universal”. 
 “Para que a sociedade possa atingir tal situação ou dela se aproxime, é necessário que o comportamento dos indivíduos seja regido por normas racionais, que conduzam à pratica do bem e indiquem o que deva feito ou evitado em relação a fatos objetivos, os atos, e a intenções subjetivas, os desejos. Códigos deste tipo é o que denominamos Ética”.  
“A segunda Virtude é o conhecimento, a cultura, o saber, a ciência. Para coisas complexas assim como para as mais simples o saber é necessário. Em muitos lugares por este mundo afora há enorme quantidade de sofrimento decorrente da completa ignorância, como o da mulher que assiste o filho morrer em seu colo, vítima de disenteria e desidratação, simplesmente por não saber que a criança poderia ser salva com água fervida misturada com uma pitada de sal e três de açúcar”.
“Quanto maior a objetividade do ramo do conhecimento, maior sua verificabilidade. Isto é, melhor pode ele ser comprovado por métodos matemáticos e, portanto, maior a certeza. Por outro lado, quanto menor a objetividade, maior o componente emocional, maior a dificuldade em exprimi-lo por meio de equações matemáticas e, portanto, maior a incerteza. As ciências denominadas exatas são as de maior grau de objetividade, verificabilidade e certeza”.
“Os campos da ideologia, da política e da religião apresentem o maior grau de diversidade de crenças e opiniões, de modo geral, extremamente radicais umas contra as outras, e onde dificilmente encontrarás algum resquício de verdade em qualquer delas”.
“Assim, cuida para não te iludires com as falsidades das teorias, ideologias, líderes políticos e deuses, mas analisa tudo com objetividade e lógica. Um bom silogismo é instrumento prático para descartar ideias mal concebidas”.  
“Amor é uma forma especial de conhecimento. Está no campo da intuição, onde mulheres são muito mais competentes do que os homens. Mas a inteligência intuitiva é tão importante que deve ser cultivada com muito maior aplicação por homens, que não a possuem naturalmente, do que pelas mulheres, que dela dispõem de modo natural”.  
O bom estado de teu corpo é a Virtude que te torna apto ao exercício físico e ao aprendizado. A boa aeração de teus pulmões oxigena o cérebro e permite que estejas sempre alerta e pronto para reagir aos estímulos, tantos os físicos quanto os intelectuais. As palavras de tua avó são parte disto, pois deves preservar tua boa condição e te manteres sempre alerta, atento, ágil, pronto para a ação. O que tens de fazer é te manteres em forma, porque a saúde é preciosa demais para ser desperdiçada por displicência e desleixo, portanto, sê ativo com exercícios físicos e jogos mentais, e sê frugal e higiênico mantendo a temperança em tudo o que fizeres ou ingerires e jamais ultrapasses teus limites”.  
“A quarta Virtude é a mansidão.
“As relações profissionais, tanto quanto as afetivas, estão sujeitas a toda sorte de mal-entendidos, ciúme, inveja, a maioria das vezes por comunicação deficiente ou imprópria. Cuida para que o que fales seja sempre claro, objetivo, exato, tanto nas palavras que dizes quanto na tua expressão corporal e no teu tom e intensidade de voz”.  
“Acima de tudo acompanha tudo com um sorriso, não um esgar falso, mas um leve sorriso que reflita tua paz de espírito, tua felicidade e tua mansidão. O sorriso é a expressão facial mais importante e a mais absolutamente necessária”. 
“Por tudo isto, é tão fundamental o modo afável, cordial e manso com que trates as pessoas, todas elas, sem distinção ou preferências, sem servilismo com os poderosos e arrogância com os fracos”.  
“É a ambição, que impulsiona a humanidade para o auto aperfeiçoamento. Como afirmava a cega e surda Helen Keller: ‘Jamais se pode consentir em rastejar quando se sente o impulso de voar’ (One can never consent to creep when one feels an impulse to soar)”.  
“Liderança e ambição a nada conduzem se não houver um objetivo a atingir. Tu deves estabelecer, o mais cedo que teu discernimento permita, qual seja teu objetivo de vida”. 
“Fazer o bem é muito mais fácil quando se dispõe dos meios necessários. Por isto é tão útil adquirir e conservar riquezas por meio do trabalho digno, da inteligência, do conhecimento e da informação. Grandes milionários podem fazer grandes bens por meio de suas fundações. Os religiosos afirmam que ‘O Senhor provê’. De fato, mas por intermédio daqueles que dispõem do que oferecer”.
Sê humilde, não aceites honrarias para ti, mas honra a todos com tua humildade, porque se te exaltares serás humilhado e se te humilhares serás exaltado.  
“A Fortuna pode se recusar a te beijar e, mesmo preparado e atento, podes não obter glória, riqueza e poder, mas, certamente, as cinco Virtudes te darão algo insubstituível e insuperável, dignidade”.  


6 de agosto de 2018

A provável vitória de Alckmin em 2018


São estes os concorrentes ao cargo de presidente da república nas eleições de 2018, listados em ordem alfabética: Álvaro Dias, Cabo Daciolo, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro, João Amoêdo, João Goulart Filho, José Maria Eymael, Luiz Inácio Lula da Silva (a ser substituído por Fernando Haddad), Marina Silva e Vera Lúcia.
Procedendo a rápida análise dessas candidaturas quanto a alguns critérios - Experiência Executiva, Experiência Parlamentar, Experiência de Liderança, Carisma, Conceito de Moralidade, Porte do Partido, Financiamento, Apoio Político, Rejeição – com vistas, não somente à possibilidade de o candidato conseguir votos suficientes para se eleger, mas à de obter apoio para governar, chegamos à seguinte ordem de probabilidade dos seis primeiros mais bem colocados: Geraldo Alckmin, seguido por um destes três, Fernando Haddad, Álvaro Dias, Ciro Gomes e, por fim, Henrique Meirelles ou Marina Silva.
Luiz Inácio Lula da Silva seria o quarto colocado na lista acima, mas deverá ter sua candidatura impedida pela Lei da Ficha Limpa. Seu substituto eventual, Fernando Haddad, herdará a grande rejeição de Lula e ficaria entre o segundo e o quinto lugar na ordem de votação, mas não venceria Alckmin que será grandemente beneficiado pelo tempo de televisão.
Bolsonaro tem chances remotas de chegar ao segundo turno, mas será derrotado por sua grande rejeição.
É certo que Facebook e outras mídias sociais terão enorme papel nestas eleições, mas não superarão o poder do tempo de televisão junto ao eleitorado em geral. Basta notar que a maior arregimentação provocada por essas mídias foi realizada pelo MBL na Avenida Paulista, mas perdeu enormemente para a massiva parada gay e para blocos carnavalescos.
Portanto, os maiores beneficiados, tanto por tempo de TV quanto por financiamento e capilaridade nacional serão os candidatos do PSDB coligado com os partidos do centro, do MDB e do PT.
Considerados todos os aspectos, meu prognóstico é a vitória de Alckmin.


18 de junho de 2018

Saneamento Básico em Santarém


Mensagem enviada em 11/06/2018 à toda mídia de Santarém

Ilustre (NOME)
Um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil é a falta de saneamento básico, disfunção multissecular, fonte de inúmeras doenças que infelicitam pessoas, principalmente crianças, tais como: febre tifoide e paratifoide, shigelose, cólera, hepatite, amebíase, giardíase, leptospirose, poliomielite, diarreia por vírus, ancilostomíase, ascaridíase, teníase, cisticercose, filariose, esquistossomose, etc. 
Além de infelicitar as pessoas, o custo do tratamento dessas doenças resulta em pressão sobre o sistema de medicina pública, com o consequente aumento das despesas e deterioração dos serviços do SUS. Por outro lado, investimentos em infraestrutura, tal como no prioritário saneamento básico, são grandes geradores de emprego, que podem acelerar a recuperação econômica país.
A mídia brasileira, especialmente o Jornal Nacional, tem se referido à enorme quantidade de esgoto não tratado despejado nos cursos d’água e no oceano, em todo o Brasil.
Desejoso de ver solucionado este grave problema, tenho solicitado a diversos políticos a alocação de verbas orçamentárias nos respectivos orçamentos e, sobre esta matéria, mantenho comunicação com várias autoridades, inclusive o Deputado Federal Marcelo Álvaro Antônio, PSL/MG, membro da Comissão de Meio Ambiente, relator dos projetos de lei 4123/12, 6849/17 e 8326/17, que versam, respectivamente, sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos, tributação de serviços de saneamento e fiscalização de agentes poluidores.
No caso de meu maior interesse, em resposta à minha sugestão de alocação de verbas destinadas a projetos de saneamento básico em Santarém, o Prefeito Nélio Aguiar, gentilmente, me informou sobre a solicitação de proposta de manifestação de interesse (PMI) de empresas eventualmente interessadas na construção da rede e exploração dos serviços de saneamento básico em Santarém.
Esta PMI é caso da maior importância por diversos fatores:
·         Elevado montante de capital em jogo;
·         Exclusão da COSANPA como prestadora desse serviço;
·         Exploração de serviço público por empresa privada;
·         Tamanho e extensão das obras serem realizadas na cidade;
·         Empregos a serem gerados; etc.
E há muitas perguntas a fazer, por exemplo, se o projeto é exclusivo para o centro de Santarém ou tem maior abrangência, incluindo Alter do Chão ou, ainda, o custo do serviço para o usuário. A questão deve ser tratada com plena transparência para conhecimento e discussão pela sociedade.
Sou plenamente favorável à solução proposta pelo ilustre Prefeito Nélio Aguiar, mas por todas essas razões sugiro a elaboração de série de reportagens buscando informação junto às autoridades e esclarecimento do público alvo, a população de Santarém.
Atenciosamente,
Sebastiao Imbiriba


3 de junho de 2018

Petróleo, Geisel, Temer e caminhoneiros.


Em 1973 a OPEP aumentou o preço internacional do barril de petróleo, de 3 para 12 dólares, dando início a escalada de custos, forçando os países consumidores líquidos de petróleo a entrar em recessão e reajustarem-se à nova situação. A Alemanha, por exemplo, procedeu a grande e rigorosa reestruturação de seu sistema produtivo educacional-industrial visando alta eficiência aliada a alta qualidade.
Em poucos anos os preços dos países exportadores de petróleo foram plenamente compensados pela maior produtividade industrial dos países importadores de petróleo que retomaram o desenvolvimento econômico-social financiado exatamente pelos petrodólares dos sheiks árabes.
O Brasil, ao contrário de assumir sacrifícios e se reajustar, a partir do governo Geisel, passou a contrair empréstimos externos, principalmente do FMI, para financiar o abastecimento de combustíveis sem maiores sacrifícios imediatos aos consumidores.
Note-se que, desde o governo Juscelino (1956 a 1961), portanto, antes da primeira crise do petróleo, em 1973, a nação sofria as disfunções de inflação fora de controle.
A consequência da política de retenção de preços dos derivados de petróleo às custas de endividamento externo e da inflação galopante se estenderam durante mais de vinte e cinco anos, do governo Geisel aos de Figueiredo, Sarney, Color, Itamar e FHC, e só foram vencidas no governo Lula, graças a dois fatores concomitantes: o Plano Real instituído por Itamar e a bonança dos preços externos dos produtos primários agrícolas e minerais exportados pelo Brasil.
O governo Dilma sofreu de dois males, o abandono da política econômica consolidada por Pedro Malan e prosseguida por Antônio Palocci, e a queda dos preços internacionais dos produtos primários. Estes problemas geraram a presente recessão econômica que se arrasta, já pelo quarto ano, cujas perspectivas de solução foram destruídas pela greve de caminhoneiros.
A solução encontrada pelo governo Temer, em 2018, para dar fim à greve de caminhoneiros, realocar verbas do orçamento do governo federal já enormemente deficitário para compensar a Petrobras pela redução no preço do óleo diesel pago pelo consumidor, pode ter consequências tão maléficas e duradouras quanto a adotada por Geisel em 1973.
A recessão duradoura, o agravamento desta pela greve caminhoneira, a “solução Temer” para reduzir o preço do diesel, e a possível continuidade de alta dos preços internacionais do petróleo constituem componentes ideais para a tempestade perfeita que se avizinha.
A nação brasileira dispõe, talvez, de quatro a sete meses para vislumbrar possível solução para esta terrível ameaça. É o tempo para que surja liderança confiável, tanto para o eleitorado, quanto para o mercado, com um programa e uma equipe com credibilidade suficiente para reverter expectativas, criar confiança e dinamizar a economia nacional.
A eleição presidencial de outubro deste 2018 é crucial para essa reversão.

29 de maio de 2018

A respeito da hidrelétrica do Tapajós


Quando se debateu a construção da hidrelétrica Belo Monte e agora se discute a do Tapajós, sempre me vem à mente importante instituição a serviço do povo do Pará d’Oeste, o Hospital Waldemar Penna com seu importante centro cirúrgico, e me pergunto: pode ele funcionar sem eletricidade?
Em minha visão, os povos do mundo todo, inclusive as populações das cidades, das florestas e ribeirinhas da Amazônia merecem o mesmo tipo de atendimento que recebem os pacientes do Waldemar Penna, um dos hospitais públicos mais bem administrado do Brasil.
Em 21 de Fevereiro de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista que lhes fora encomendado pelo Partido Comunista Alemão. Ali eles convocam: “Proletarier aller Länder, vereinigt euch!” ("Proletários de todos os países, unam-se!" ou "Proletários de todo o mundo, uni-vos!"). Naquele momento, Marx e Engels conclamam a globalização do proletariado. Pois bem, hoje, estamos em processo de globalização “global” que inclui não somente proletários, mas todos os tipos de pessoas, classes, organizações e atividades, inclusive nossos ribeirinhos e indígenas.
Quando reflito sobre questões socioeconômicas, não me atenho apenas ao que se restringe à Amazônia, embora esta seja objeto de meu amor, porque sei que a miséria e a ignorância estão por toda parte, inclusive em grandes centros urbanos. É miséria globalizada.
Quando reflito sobre questões socioeconômicas, não me atenho apenas ao que se restringe à Amazônia, embora esta seja objeto de meu amor, porque sei que a miséria e a ignorância estão por toda parte, inclusive em grandes centros urbanos. É miséria globalizada.
Em 1948, numa viagem de estudos pelo interior do Nordeste, assisti bebês morrendo no colo das mães por mera desidratação. Na época, nem eu nem as mães sabíamos por que. Hoje eu já sei, mas muitas mães ainda não sabem que desidratação mata, embora possa ser superada por simples soro caseiro: uma pitada de sal, três de açúcar, um copo d’água.
A conclusão que extraio dessa lição da juventude não é apenas que desidratação seja mortal, mas que ignorância mata, adoece, empobrece, escraviza. Portanto, o mal maior da Humanidade é a ignorância. E é contra ela que todos nós temos que lutar.
Quando alguém diz que há populações que não usam eletricidade nem Internet, na realidade quer dizer que não tem acesso a esta, não podem utilizar esta importantíssima fonte de energia para acesso a conhecimento, informação e bem-estar.
Nos últimos anos em que Dr. Waldemar Penna morou na casa ao lado do solar, hoje demolido e que pertencera à família de Aderbal (Babá) Correa, onde o ilustre médico estabeleceu a Casa de Saúde São Sebastião, eu o visitava todas as noites para conversar sobre quase todos os assuntos. Eu me deleitava com sua verve e sua sabedoria. Pois bem, Dr. Penna se atualizava todas as noites com as mais recentes novidades da profissão médica usando a Internet. Esta é invenção muito mais revolucionária do que a prensa de tipos de Gutenberg. Internet é instrumento indispensável à vida no século XXI.
Décadas atrás, a abertura para o conhecimento se fazia pela revista Seleções do Rider’s Digest. Ali tomei conhecimento da Guerra dos Boxers, o que me induziu a frequentar durante anos a Biblioteca Nacional para ler os doze volumes de “A Study of History” de Arnold Toynbee. Hoje a introdução, a abertura para o conhecimento é o Google e a obra toda está disponível em toda parte e a qualquer um na Internet. Só permanece ignorante e desinformado quem não tem acesso à Internet ou não sabe usá-la.
Dom Manuel I, interessado em concorrer com o monopólio de Veneza, ordenou a Vasco da Gama que fosse à Índia, buscar especiarias do Oriente, numa viagem que começou em 8 de julho de 1497, mas só teve notícias do resultado em 10 de julho de 1499 quando a primeira caravela retornou a Lisboa, dois anos depois. Em 1858 um telegrama de Bombaim levava quarenta dias para chegar ao destino, depois de viajar por mar e terra até a Itália, de onde era retransmitido por cabo para Londres. Em 1865, a primeira linha telegráfica foi estabelecida entre Londres e Bombaim e as mensagens passaram a ser imediatas, embora sucintas, em estilo “telegráfico”. Vejam quão moroso era o processo administrativo, quanto tempo e dificuldade para tomada de decisões vitais.
Hoje bilhões de textos, sons e imagens circulam pelo mundo todo através dos diversos meios de comunicação. Minha consciência não me permite desejar manter povos inteiros no isolamento e na ignorância, que os escravizam e impedem de tomar decisões rápidas baseadas no conhecimento e na informação, quando hoje seja extraordinariamente simples proporcionar acesso a estes preciosos bens: basta um telefone móvel, um tablete ou laptop e, é claro, eletricidade e Internet.
Estou certo de que no momento em que essas facilidades estejam disponíveis, os povos do mundo inteiro, inclusive nossos índios e ribeirinhos, serão livres para decidir seus destinos por si próprios e não induzidos por tantos aventureiros inescrupulosos, todos interessados em propagar suas próprias crenças e defender seus próprios objetivos ou os de quem os financia, quase sempre contrários aos verdadeiros interesses dos povos subjugados.
Defendo que todos os povos sejam instruídos, educados e habilitados a usar instrumentos que lhes permitam apropriar as vantagens do conhecimento e da informação. Esta é a maior e mais importante prioridade. A partir de certo nível de conhecimento, cada indivíduo se torna independente de quem o ensine, porque passa a aprender por si próprio. E isto tem o efeito irreversível de alavancar o desenvolvimento do indivíduo e da Humanidade toda.
Quando o efeito democrático deste tipo de educação se faz sentir, três demandas imperiosas aparecem: energia, Internet e logística. A primeira permite a produção de bens para satisfazer as demais necessidades; a segunda, o conhecimento e a informação para produzi-los; a terceira, que tais bens sejam distribuídos por todos e para todos.
É por essa visão do futuro que defendo o aproveitamento de toda e qualquer fonte de energia que possa ser domada e aproveitada: solar, eólica, geotérmica, do hidrogênio, das ondas e marés, biológica, nuclear (com extremos cuidados), e a mais econômica e ecológica de todas, a hidrelétrica, inclusive a dos desníveis do Tapajós; igualmente, todo tipo de transporte: aéreo, ferro-rodoviário, marítimo e fluvial, inclusive a plena navegabilidade dos rios Tapajós e Teles Pires.
Os danos para o rio, suas margens e pequenas populações ribeirinhas, decorrentes da hidrelétrica do Tapajós e suas eclusas, podem ser plenamente reparados ou mitigados e indenizados. Por outro lado, vejo enormes benefícios para ampla maioria da sociedade, tanto pela oferta de preciosa energia elétrica, quanto pela plena navegabilidade dos rios Tapajós e Teles Pires, além das linhas de alta tensão elétrica serem canais de Internet.
Em um regime democrático, uma vez reparados e indenizados eventuais prejuízos das minorias, prevalece o interesse da maioria. Esta é a regra do jogo republicano.
Comunidades educadas e inseridas no ambiente global independem de ecossistemas restritos, são livres para voos mais extensos. Comunidades tradicionais dependem tão drasticamente de seus ecossistemas porque estão escravizadas pela ignorância e são induzidos por defensores conscientes ou inconscientes, até bem intencionados, de causas paroquiais, restritas, sem visão de maior escopo, ou mesmo por promotores de interesses alienígenos. Um exemplo, fora deste contexto, de equívoco de pessoa correta e bem-intencionada, foi a greve de fome do bispo Dom Luiz Cappio contra a transposição do São Francisco, obra indispensável que, se fosse concluída a tempo, teria salvado o Nordeste das grandes agruras da seca dos últimos anos.
Busco arduamente ser criterioso, política e ideologicamente isento. Penso que estas são visões pragmáticas, realistas e globais, porque, embora focando prioritariamente os interesses de longo prazo da nação brasileira, minha compaixão não se restringe a casos e comunidades isoladas, mas se estende à Humanidade toda.

19 de maio de 2018

O nome Sebastiao.


Sobrinha muito querida e seu garboso marido deram ao filho recém nascido o nome Sebastião.
Ao enviar meus votos de felicidades ao sobrinho-neto, ocorre-me narrar esta historieta.
Eu tinha quatorze anos, atrasado nos estudos por ter adoecido dos 11 aos 12 anos, e frequentava um curso preparatório para o exame de admissão ao Colégio Pedro II.
Num intervalo entre aulas, a filha da dona do curso, uma menina bonita da minha idade, veio se sentar junto a mim e puxou conversa.
Estava indo tudo bem e a conversa animada até que ela perguntou: como é o teu nome? Respondi: Sebastião. Ela falou: chi, que nome feio! Se levantou e foi embora.
Fiquei ressabiado, achando que meu nome era feio. Por sorte, meu segundo nome é Gil e passei a usá-lo com as namoradas.
Só muitos anos depois percebi que Sebastião não era nem bonito ne feio, mas era interessante, com personalidade e, junto com Imbiriba, se torna único, chama atenção, é difícil de esquecer. Aí, passei a gostar do meu nome e considerar um patrimônio importante, a ser preservado.
Aliás, a única namorada que me chamou de Sebastião foi Nancy, com quem estou bem casado a mais de sessenta anos.
Conformado com a perda de minha identidade, porque Sebastião é o Sebastião e agora sou apenas o tio velho do Sebastião, só me resta desejar ao Sebastião que Deus o abençoe e que seja muito feliz.

15 de maio de 2018

A Guerra Fria e o Relatório Colby


Frequentemente me vejo envolvido em polêmicas, mas acredito que minhas ideias sejam tão boas quanto quaisquer outras e que, embora possam ser diferentes, tão toleráveis quanto as de qualquer democrata de espírito tolerante, que não desqualifique a quem pense de forma diversa e divirja respeitando a dignidade alheia.
Também sei que o primeiro direito inalienável é a VIDA, o segundo, a LIBERDADE.
Já que usei a expressão “acredito que minhas ideias sejam boas” ao iniciar este texto, tenho de esclarecer que sigo fielmente as palavras de Bertrand Russell: “não daria minha vida pelas coisas em que acredito, porque posso estar errado”.
Aliás, embora corra desesperadamente em busca dela, acho que seria muita arrogância intelectual minha julgar que eu seja dono da verdade.
Digo isto por que há muito julgamento pró e contra a Ditadura Militar a partir do Relatório Colby.
Tenho grande interesse na discussão da história recente do Brasil e é com esse espírito que me refiro ao que julgo “indefensibilidade do Brasil” diante das superpotências antagônicas USA e URSS.
Abomino pena de morte, com ou sem o devido processo legal e, no Brasil, condeno tanto os assassinatos e torturas do Estado Novo, quanto os do Regime Militar, assim como os dos guerrilheiros comunistas que se opuseram a esses regimes, mas queriam implantar seus próprios estados totalitários.
As décadas de 1950 a 1980 foram períodos de luta por hegemonia entre duas superpotências mundiais, Estados Unidos da América, apoiados pelas potências ocidentais, contra a União Soviética, com apoio de nações comunistas. Havia uma teoria do efeito dominó segundo o qual, se uma nação chave regional caísse sob o poder de uma das duas superpotências as demais da mesma região a seguiriam.
Duas alternativas forçadas, não opções, se apresentavam ao Brasil em 1964: cair sob domínio soviético, com estabelecimento de regime totalitário, ou permanecer sob influência do “modo de vida ocidental”. Não havia o que escolher. Resultou o Movimento de 64 que pretendia apenas evitar a alternativa comunista.
Acredito que o Brasil foi subjugado pela potência mais ágil naquele momento. Não fosse tal agilidade, possivelmente, estaríamos subjugados até hoje, assim como Cuba, submetidos a toda sorte de antagonismo dos Estados Unidos, com grande sofrimento de nosso povo.
E mais, seriam multiplicados aqui os milhares de fuzilamentos no “paredon” de La Cabaña.
A Ditadura Militar implantada pelo Ato Institucional de Arthur da Costa e Silva já é outra história e merece análise própria.

30 de abril de 2018

Revolução no século XXI - Moral x Violência


Desde há dois mil e trezentos anos o Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude, de Lao Zi, diversos pensadores pregam a paz em contraposição à violência, recomendando extrema prudência no uso das armas, de uso em extrema necessidade de autodefesa. Alguns nem neste caso admitem o uso de força. Em tempos mais recentes, três nomes despontam como líderes da não violência e da solução pacífica dos conflitos: Mandela, Luther King e Gandhi.
Meu objetivo, aqui, é indagar se a força moral é mais eficaz no combate à injustiça e à opressão do que a força das armas e, também, se modernamente, existem métodos e processos que facilitem e alavanquem o ativismo pacífico a obter resultados sólidos e permanentes.
Comecemos pelo embate entre, de um lado, contestadores da guerra do Vietnam que incluiu, sucessivamente, objetores de consciência, hippies, famílias de soldados mortos em combate, jornalistas independentes, a mídia geral e, por fim, a opinião pública e, de outro lado, o todo poderoso complexo militar-industrial dos Estados Unidos, o maior poder existente.
Qual a força deste complexo? Era todo poder do governo dos Estados Unidos, que aplicava a estratégia de autodefesa denominada Teoria Dominó, de John Foster Dulles, pela qual, se um país caísse sob influência da União Soviética, ou dos Estados Unidos, os países vizinhos o seguiriam e, portanto agia, de acordo com a situação, pelo poderio militar, diplomacia ou subversão exercida pela CIA, contra a expansão do comunismo impulsionado por movimento revolucionário globalizante, coordenado pelo Comintern, que controlava os partidos comunistas nos diversos países, e cujos objetivos eram a derrota do capitalismo, a implantação de ditaduras do proletariado nos países que dominasse e a instalação da República Soviética Internacional. Eram duas potências mundiais disputando a hegemonia global.
Pois bem, nos Estados Unidos impera a liberdade de expressão que possibilitou serem reveladas atrocidades cometidas contra a população civil no Vietnam, tanto pelas forças sul-vietnamitas, quantos as dos Estados Unidos, que ofenderam a sensibilidade e a dignidade do povo americano, o que provocou reação interna da opinião pública, tão poderosa, que obrigou o governo a retirar as tropas e todo auxílio financeiro do Vietnam do Sul. Era a força moral dos justos prevalecendo sobre a violência do poder estatal.
Mohandas Gandhi
Na Índia dominada pelo imperialismo inglês, Mohandas Gandhi pregava a Satyagraha, Força da Verdade, filosofia e política de não agressão, resistência pacífica e ativismo desarmado contra a injustiça e a dominação imperial. Era a revolução pacífica, que usava a força moral do injustiçado e explorado contra o cinismo do dominador, não somente onde se praticava a agressão, mas na própria sede do império, onde a opinião pública obrigou o governo a desistir da repressão e aceitar a independência indiana.
O exemplo de Gandhi influenciou tanto a Martin Luther King, em sua campanha pacífica pelos direitos civis da população negra nos Estados Unidos, quanto a Nelson Mandela, após sua libertação, na luta, agora desarmada, pelo fim do apartheid na África do Sul. A força desses três grandes heróis da Humanidade, Gandhi, King e Mandela, residiu em que suas reivindicações foram perfeitamente corretas do ponto de vista moral, suas contestações se voltavam contra opressão injustificável e suas exigências perfeitamente aceitáveis pelo bom senso comum. Por fim, a correção moral da luta dos três se estabeleceu em consenso nas sociedades modernas e culturalmente mais avançadas, de tal forma que os direitos humanos são cada vez mais respeitados e as violações desses direitos cada vez menos toleradas.
Os efeitos da revolução pacífica, desarmada, por meios não violentos se mostram muito mais duráveis, mais efetivos e com muito menos oposição do que, ao contrário, a da revolução violenta, armada, que provoca traumas de longa duração, até incuráveis, o que obriga os vitoriosos do dia a eliminar os membros do antigo regime e possíveis opositores futuros. Mas a história nos mostra que o germe do ressentimento perdura e se revela tão logo surja oportunidade, quando o regime revolucionário se desmoraliza e enfraquece, moralmente desgastado pelo tempo, corrompido pelo poder absoluto, pelas relações interesseiras que se criam no correr de ditaduras de longa duração. Foi exatamente o que ocorreu na União Soviética e é por isso que se esfacelou.
A revolução dos costumes provocada pela pílula anticoncepcional, pelos hippies, o movimento estudantil francês de maio de 1988, os métodos propostos por Gramsci, Bertolt Brecht e Paulo Freire proporcionam poderoso arsenal de armas culturais que permitem desenvolver revolução pacífica, praticamente sem traumas, eficaz e de efeitos duradouros.
O humanista não aceita a revolução armada, violenta, abjetamente genocida.
A revolução armada está ultrapassada. A violência está obsoleta.


15 de abril de 2018

O saneamento básico que tem que ser feito


Recentemente iniciei uma campanha tentando convencer a sociedade e os políticos da necessidade de alocação orçamentária, nos três níveis de governo, de recursos destinados ao saneamento básico.
A esse respeito, recebi esta mensagem de minha filha Andrea:
Meu pai, aos 86 anos, e que poderia estar assistindo Netflix ou desfrutando a vida ao lado de minha mãe, e juntos, apreciando a infância de seus bisnetos, nos últimos dias, preocupado com a poluição dos rios Tapajós e do despejo de esgoto nas praias paradisíacas de Alter do Chão, vem tentando mobilizar.
Algumas pessoas se manifestam, com críticas à situação de Alter do Chão, outras fazem piadas, outras se preocupam apenas com o status de paraíso turístico, fechando os olhos para a realidade do que de fato acontece. Enfim, cada qual com o seu cada qual.
Porém, indignada com a indiferença de muitos, comentei:
As pessoas gostam de dar opiniões e criticar, mas não gostam de se comprometer, de se responsabilizar. É isso o que acontece. E depois reclamam das coisas que não saem do jeito que elas querem. É piada de mal gosto.
Recebi essa resposta que me enche de admiração e ainda mais respeito, não apenas por ser meu pai, mas por ser um homem que respeita a todos, indistintamente, e não se cansa jamais:
 


"Andrea Aires Imbiriba querida, 
Não te preocupes, minha provecta idade ensinou-me a entender um pouquinho a Humanidade: a grande maioria das pessoas aprova ou não certas ideias, mas, por cautela, prefere silenciar, principalmente, quando os temas são polêmicos ou exigem ação.
Te dou dois exemplos: 1º) apesar de ser muito grande o número de seus apoiadores, havia muito mais corredores na maratona de São Paulo do que na despedida de Lula; 2º) a parada gay tinha muito mais gente do que manifestantes de verde-amarelo na Avenida Paulista. É por isso que se denomina “maioria silenciosa” ao eleitorado que apenas se manifesta pelo voto obrigatório e secreto, por isso mesmo, por ser obrigatório e secreto.
Não me preocupo com aceitação ou rejeição, muito menos com aplauso. Minha única preocupação é preservar minha dignidade perante mim mesmo, meu compromisso de fazer o que acho que deve ser feito.
Uns poucos amigos me dizem: “escreves bem”; outros: “escreves difícil”. Há muito tempo, quem sabe, ainda cheio de vaidade, respondia: “escrevo para quem sabe ler”. Hoje diria “escrevo para mim mesmo” por não ter ilusão de que haja quem admire meus textos.
Não me iludo de que haja quem aprecie ou compartilhe de minhas ideias. Mas isso não importa. Não serei eu o único “profeta pregando no deserto” na história, dos quais, apenas uns poucos escaparam do ostracismo, que é, estou certo, o que me aguarda.
O despejo de fezes, águas servidas e outros dejetos sem tratamento poluem lençóis freáticos, córregos, rios e oceanos, sujam nosso meio ambiente, provocam doenças sem conta. É imundice. É insuportável.
Mas não adianta falar atoa. É necessário ser objetivo. Objetividade é alocar recursos no orçamento público, de investidores privado ou em parceria público-privada. Para isto, temos que sensibilizar o mundo político que tem o poder de tomar essas decisões.
É isto que estou tentando fazer por dever de consciência, por me sentir obrigado a proteger a vida de meus bisnetos, que agora são seis, mas que ainda este ano, serão nove, e os bisnetos destes.
Essa responsabilidade ninguém me tira, não importa se serei compreendido e apoiado ou continuarei pregando no deserto.
Deus te abençoe.
Com amor e carinho de teu
Pai."

Gratidão, papai, por mais esta lição de vida.
Sempre digo a mim mesma, quando me bate a preguiça física ou mental, que tenho dois exemplos de respeito, liberdade, disposição e determinação, não importando o resultado, mas a tentativa e o processo no decorrer da materialização de uma ideia ou sentimento.
Você e a mamãe Nancy!!!
Que lindo é ser filha de vocês.

12 de abril de 2018

Carta aos políticos - Saneamento básico e geração de empregos


Queridos amigos,
Proponho o texto abaixo como modelo de mensagem a ser enviada a todos os políticos de todos os poderes e níveis. Se quiserem, alterem como melhor personalize sua mensagem. Boa sorte!

Ilustre (Cargo, Título e Nome)
O Brasil é um país sem projetos, bons projetos. Por isso, tantos desastres, tantas obras abandonadas, tantas mortes, tanto desperdício. Nos três níveis de governo há verba orçamentária para execução de obras, mas muito pouca para projetos qualificados.
Um dos setores que mais necessitam de projetos é o de saneamento básico, problema multissecular no Brasil, fonte de inúmeras doenças que infelicitam pessoas, principalmente crianças, tais como: febre tifoide e paratifoide, shigelose, cólera, hepatite, amebíase, giardíase, leptospirose, poliomielite, diarreia por vírus, ancilostomíase, ascaridíase, teníase, cisticercose, filariose, esquistossomose, etc. 
Além disto, o custo do tratamento dessas doenças resulta em pressão sobre o sistema de medicina pública, com os consequentes aumento de custo e deterioração dos serviços do SUS.
Por outro lado, investimentos em infraestrutura, tal como no enormemente prioritário saneamento básico, são grandes geradores de emprego, o que poderia acelerar, em muito, a recuperação econômica de nosso Brasil.
Sei de sua sensibilidade a tais problemas: saúde pública e geração de empregos. É por isto que venho convocar sua relevante atuação para previsão orçamentária, tanto na LDO, quanto na LOA para 2019 e 2020, de verbas destinadas a projetos e obras de saneamento básico, no Brasil todo e, em especial em todas as comunidades de nosso município.
Nosso Povo e a Humanidade lhe agradecem.
Atenciosamente,
(seu nome, e-Mail, CPF, CEP )

17 de março de 2018

Como chegar à Renda Mínima Incondicional?


O ideal da RMI - Renda Mínima Incondicional, no valor de um salário mínimo a ser pago pelo governo federal a cada um dos cidadãos brasileiros, pode representar elevado custo para o Tesouro Nacional. No entanto oferece tamanhos benefícios que merece ser estudado quanto à sua possibilidade de implantação.
A implantação da RMI é imperativa para resolver o problema da substituição da mão de obra por mecanização e robotização que já afeta muitos países inclusive o Brasil.
A RMI permitirá aos estudantes dedicar mais tempo aos estudos para atender os requisitos cada vez mais exigentes dos poucos empregos disponíveis.
A implantação paulatina da RMI seria um processo lento e seguro de substituição das diversas despesas atuais de complementação de renda, como por exemplo, o desconto de um salário mínimo mensal de todas as aposentadorias, substituindo-o pelo RMI.
A RMI criaria por si só grande dinamismo na base da sociedade, terminando com a miséria e a pobreza, alimentando toda a estrutura do mercado a partir das classes de renda C e D. basta imaginar que uma família de quatro pessoas teria uma renda mínima de quatro salários mínimos, o suficiente para pagar prestação de casa própria e todas as demais despesas básicas.
Considerando que os sistemas de prestação universas de educação e assistência médica continuariam e seriam aperfeiçoadas, a RMI elevaria consideravelmente a qualidade de vida da população brasileira.
Um dos efeitos da RMI seria a continuidade da oferta de empregos uma vez que o empregado, tendo a RMI, poderia aceitar salário, que mesmo pequeno lhe aumentaria a renda, porém não tão pequeno que não justificasse o abandono do lazer e o conforte só fazer o que quer. Com despesa de mão de obra menor, o empreendedor poderia manter seu negócio e, talvez, ser mais competitivo, produzir e vender mais.
A questão é de onde retirar recursos para implantar esse ideal.
Em 2016, o orçamento federal era composto pelas seguintes verbas:
Custeio da dívida pública:
1.350.000.000.000,00
Assistência ao trabalho que inclui seguro desemprego:
    72.000.000.000,00
Assistência social que inclui BPC
    77.000.000.000,00
Defesa nacional:
    59.000.000.000,00
Educação:
  103.000.000.000,00
Encargos especiais
  345.000.000.000,00
Previdência Social:
  572.000.000.000,00
Reserva de contingência:
    96.000.000.000,00
Saúde:
  109.000.000.000,00
No total de R$
2.783.000.000.000,00

Destes itens, os seguintes se referem a complementação pelo Estado da renda dos cidadãos:
Assistência ao Trabalho que inclui seguro desemprego:
72.000.000.000,00
Assistência Social que inclui BPC (benefício ao idoso)
77.000.000.000,00
Previdência Social:
572.000.000.000,00
Despesa total R$
721.000.000.000,00

Se descontarmos a totalidade das Assistências ao Trabalho e Social e o equivalente a 12 salários mínimos anuais de cada aposentado da Previdência Social, a serem substituídos pela RMI, teríamos a seguinte economia:
Aposentados que recebem mais de 1 S M* R$
     60.192.000.000,00
Aposentados que recebem até 1 S M R$
   140.448.000.000,00
Desconto da Assistência Social R$
     77.000.000.000,00
Desconto da Assistência ao Trabalho R$
     72.000.000.000,00
Economia total R$
   349.640.000.000,00
* Salário Mínimo
Esses números resultam de cálculos considerando que 70 % dos aposentados pela Previdência Social recebem apenas um salário mínimo, valor da absoluta maioria das Assistências Social e ao Trabalho.
As despesas com a RMI para a todos os cidadãos brasileiros seria a seguinte:
População brasileira Qtd
           200.000.000
RMI paga a toda população brasileira R$
  2.112.000.000.000,00
Aposentados que ganham acima de 1 S M R$
     371.360.000.000,00
Gasto total com complementação de renda R$
  2.483.560.000.000,00

A despesa total com complementação de renda aumentaria de:
R$ 721.000.000.000,00 para R$ 2.483.560.000.000,00, um acréscimo na despesa orçamentária total de R$ 1.762.560.000.000,00.
Este incremento na despesa orçamentária seria possível se a dívida pública fosse eliminada e a economia nacional tiver substancial incremento com correspondente aumento da arrecadação tributária, que deve incidir sobre o faturamento, nunca sobre a folha, para não beneficiar a automação em detrimento da mão de obra intensiva.
Seria um esforço fenomenal, a ser realizado no prazo de 10 anos ou mais, porém com benefícios compensadores para cada cidadão e para toda sociedade brasileira.

Leia mais sobre Renda Mínima.