19 de maio de 2018

O nome Sebastiao.


Sobrinha muito querida e seu garboso marido deram ao filho recém nascido o nome Sebastião.
Ao enviar meus votos de felicidades ao sobrinho-neto, ocorre-me narrar esta historieta.
Eu tinha quatorze anos, atrasado nos estudos por ter adoecido dos 11 aos 12 anos, e frequentava um curso preparatório para o exame de admissão ao Colégio Pedro II.
Num intervalo entre aulas, a filha da dona do curso, uma menina bonita da minha idade, veio se sentar junto a mim e puxou conversa.
Estava indo tudo bem e a conversa animada até que ela perguntou: como é o teu nome? Respondi: Sebastião. Ela falou: chi, que nome feio! Se levantou e foi embora.
Fiquei ressabiado, achando que meu nome era feio. Por sorte, meu segundo nome é Gil e passei a usá-lo com as namoradas.
Só muitos anos depois percebi que Sebastião não era nem bonito ne feio, mas era interessante, com personalidade e, junto com Imbiriba, se torna único, chama atenção, é difícil de esquecer. Aí, passei a gostar do meu nome e considerar um patrimônio importante, a ser preservado.
Aliás, a única namorada que me chamou de Sebastião foi Nancy, com quem estou bem casado a mais de sessenta anos.
Conformado com a perda de minha identidade, porque Sebastião é o Sebastião e agora sou apenas o tio velho do Sebastião, só me resta desejar ao Sebastião que Deus o abençoe e que seja muito feliz.

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