18 de dezembro de 2019

Family Christmas


Dear children, grandchildren, great-grandchildren, yours consorts, all beloved and admired, who are the comfort and joy of this old couple, me and my beloved Nancy.
We Brazilians live for many millennia, perhaps eight or more, in a world of tradition, culture and ethics which we call Jewish-Christian civilization, whose greatest celebration is the birth of a man who introduced love as the ultimate instrument of harmony and peace for all. humanity: love your neighbor as yourself.. And this is what we celebrate today.
So, dear ones, let's talk about harmony, peace, tolerance and respect. The other day, my dear granddaughter Jaqueline posted a text that puts us facing the dilemma of being right or being happy. This is an important reflection and leads us to think about the concept of happiness itself.
Resultado de imagem para imagem Natal"After all, what is happiness? I believe we can define it this way: Happiness is the state of mind in which our inner world is in harmony with the universe, which gives us sufficient and necessary pleasure.
That is, happiness is within us. We just don't find it while we struggle with our own feelings or the outside world. When this futile struggle ceases our soul may be filled with happiness. Is it worth winning the battles of interests, concepts, opinions? I adopted a phrase from Bertrand Russell for my life: "would never die for my beliefs because I might be wrong”.
I defend ideas that seem right to me, or less wrong, when there are no other options, but only to the extent that they do not offend harmony, tolerance, and respect for the opponent. There is a time when we must choose between being right or preserving our happiness. After all, what is life but nutrition, protection, reproduction and the pursuit of happiness?
Now I want to talk a little about love. Although I loved and fell in love with Nancy, from the first moment I saw her, I didn't know exactly what love was until I realized the greatness of my wife's love for me. It was at that moment that I abandoned myself, gave myself totally to her love and loved her, and I love her forever.
So, my beloved, let us celebrate the joy of being together, of hugging and kissing, of loving, the joy of love.
But this party of ours today has an early yearning. Nancy and I, her eighty-six years old and me eighty-eight, are already past the average life expectancy of our contemporaries. So, this is a day of celebration because we are still alive and at the same time afraid that we will no longer be here next Christmas. But rest assured, we love life so much that we hold so tightly that we do not intend to move away from this world for at least another two decades.
I propose, therefore, a toast to the fact that we are still here, that we intend to be here for a long time, a toast to life. To love. Let's toast. Merry Christmas!

Natal em família.

Queridos filhos, netos, bisnetos e seus consortes, todos muito amados e admirados, que são o consolo e a alegria destes dois velhos, eu e minha amada Nancy.
Resultado de imagem para imagem Natal"Nós, brasileiros, vivemos num mundo de tradição, cultura e ética de muitos milênios, talvez oito ou mais, que denominamos civilização judaico-cristã, cuja maior celebração é o nascimento de um homem que introduziu o amor como instrumento máximo de harmonia e paz para a Humanidade: ama teu próximo como a ti mesmo. E é isto que festejamos hoje. 
Então, queridos, vamos falar de harmonia, de paz, de tolerância e de respeito. Outro dia, minha querida neta Jaqueline postou um texto que nos coloca diante do dilema de ter razão ou de ser feliz. Esta é uma reflexão importante e nos leva a pensar sobre o conceito da própria felicidade.
Afinal, o que é felicidade? Creio que podemos defini-la assim: Felicidade é o estado de espírito no qual nosso mundo interior está em harmonia com o universo, o que nos proporciona prazer suficiente e necessário.
Ou seja, a felicidade está dentro de nós. Só não a encontramos enquanto lutamos com nossos próprios sentimentos ou com o mundo exterior. Quando cessa essa luta inútil nossa alma pode se encher de felicidade. Vale a pena vencer as batalhas de interesses, de conceitos, de opiniões? Adotei para minha vida uma frase de Bertrand Russell: “Eu não morreria pelas coisas em que acredito porque posso estar errado”.
Defendo as ideias que me parecem corretas, ou menos erradas, quando não há outras opções, mas apenas até o ponto em que não ofenda a harmonia, a tolerância e o respeito pelo oponente. Há um momento em que temos que escolher entre ter razão ou preservar nossa felicidade. Afinal, o que é a vida senão nutrição, proteção, reprodução e busca da felicidade?
Quero agora falar um pouco de Amor. Embora eu amasse e fosse apaixonado por Nancy desde o primeiro momento em que a vi, não sabia exatamente o que era amor, até que me dei conta da grandeza do amor de minha mulher por mim. Foi nesse momento que eu me abandonei, me entreguei totalmente ao amor dela e a amei, e a amo para sempre.
Então, meus amados, festejemos a alegria de estar junto, de abraçar e beijar, de querer bem, de amar.
Mas esta nossa festa de hoje tem um travo de saudade antecipada. Nancy e eu, ela com oitenta e seis anos e eu com oitenta e oito, já passamos da média de expectativa de vida de nossos contemporâneos. Portanto, este é um dia de comemoração por ainda estarmos vivos e, ao mesmo tempo, de temor de que já não estejamos todos aqui no próximo Natal. Mas fiquem tranquilos, amamos tanto a vida, à qual no apegamos tão fortemente, que não pretendemos dela nos afastar por pelo menos mais umas duas décadas.
Proponho, então, um brinde ao fato de que ainda estamos aqui, que pretendemos aqui estar por muito tempo. Um brinde à vida. Ao amor. Brindemos. Feliz Natal!

26 de setembro de 2019

Abuso de autoridade do Congresso Nacional


O Congresso Nacional, ao derrubar vetos do Presidente da República à Lei de Abuso de Autoridade, cometeu um dos maiores crimes de abuso de autoridade, ofendendo a nação brasileira que apoia fortemente o combate a todo tipo de criminalidade, principalmente a corrupção deslavada que ainda assola o país.

A maioria do Congresso demonstrou o quanto está comprometida com a corrupção endêmica que permeia o estamento político nacional, o quanto teme a investigação policial e o quanto despreza os eleitores, o pobre e honesto cidadão comum, o povo brasileiro.

Resultado de imagem para imagem de corrupção

Esta derrota da nacionalidade aponta dois caminhos em defesa da aplicabilidade da Justiça contra a corrupção. Não se trata, portanto, de mera defesa do governo Bolsonaro, mas de tudo o este represente na proteção da família, da moralidade política, da repactuação tributária e federativa, e do desenvolvimento nacional. Tais caminhos são: protesto e renovação

Caminho de protesto por manifestações polares de rua em todo país e por campanhas pelas redes sociais acusando os políticos de crime de lesa pátria, por projeto de lei popular de nova legislação que repare o dano da derrubada dos vetos, e por apoio à integralidade do projeto de lei do Ministro Sergio Moro.

Caminho de renovação por campanha sistemática, desde logo, de renovação dos quadros legislativos de todo o país, em todos os níveis, a serem substituídos por candidatos comprometidos com o ideário de integridade política e combate à corrupção.

No entanto, esta renovação só será possível se o eleitorado estiver satisfeito com os rumos da economia, com desenvolvimento econômico, com pleno emprego e renda crescente.

É necessário, portanto, que a nacionalidade, coesa e ativa, apoie a agenda econômica do Ministro Paulo Guedes de modo que um novo “milagre econômico” comece a se realizar em 2020 e se confirme em 2021, angariando apoio popular para as eleições de 2022.

Vamos todos, portanto, às ruas protestar contra os maus políticos e apoiar a agenda econômica, encher as redes sociais com os mesmos protestos e apoios, elaborar projeto popular de nova Lei de Abuso de Autoridade, combater e impedir a reeleição dos políticos descompromissados com a moralidade pública, selecionar criteriosamente os candidatos às eleições de 2022, e apoiar firmemente a agenda econômica do governo.

O começo desta meritória campanha é a reprodução e multiplicação desta mensagem por todas as mídias sociais.

25 de setembro de 2019

Amazônia - Da coivara ao século XXI

Coivara é costume tradicional herdado dos indígenas e usado na preparação de terrenos para receber plantações por agricultores familiares e tribos ignorantes de técnicas mais modernas.

A partir de 2012, quando ocorreu uma das maiores queimadas na Amazônia, os focos de calor diminuíram por uns poucos anos e voltaram a crescer anualmente, pouco a pouco, até o nível deste ano de 2019, quando o Norte, Nordeste e Centro-Oeste sofreram grande estiagem que secou terras de arborização rala como pastagens, lavouras, Cerrado, Pantanal e, é claro, desmatamentos criminosos.

Integrantes do corpo de bombeiros de Mato Grosso trabalha em um incêndio florestal no município de Guaranta do Norte. Com focos ativos em vários locais da floresta Amazônica cresce a preocupação dos brasileiros e em outros países com relação à política ambiental do presidente Jair Bolsonaro.Não somente as tradicionais coivaras, também fogos ateados criminosamente, facilmente se propagam pelos ventos fortes e se espalham por todos os biomas ressecados. É o que aconteceu em agosto e setembro deste 2019, quando ocorreram incêndios até em canaviais de São Paulo, e se tornaria catástrofe de enormes proporções se não houvesse imediata reação do governo federal, com importante apoio das Forças Armadas e outras instituições estaduais e municipais, e até particulares.Felizmente, as chuvas começam a cair e a ameaça diminui consideravelmente.Apesar de tolo alarde ocorrido, em parte exaltado pela infeliz e gratuita acusação do presidente Macron ao presidente Bolsonaro, os danos causados pelas queimadas de 2019 foram contidos e limitados à média dos últimos anos.Como resultado das medidas tomadas pelo presidente Bolsonaro e o ministro Salles, do Meio Ambiente, e reuniões destes com os governadores amazônicos, novos métodos e tecnologias de supervisão e controle estão sendo implantados, e se elabora planejamento estratégico para eliminação do desmatamento e das queimadas criminosos, e para o desenvolvimento sustentável da Amazônia com promessa de grandes frutos para a região, para o Brasil e para o Mundo.
Este é o momento de conversão amazônica no sentido da prosperidade e desenvolvimento humano.


12 de setembro de 2019

O Melhor Brinde de Natal 2019


É tradição bem consolidada a oferta de brindes de Natal e Ano Novo a pessoas muito queridas, parentes, amigos, clientes e colaboradores. Para os mais importantes, presentes de maior prestígio. Entre todas as possibilidades, nada mais prestigioso que livro. Livro enaltece a quem oferta e honra a quem recebe.
Para brasileiros, em particular, amazônicos, nada mais apropriado que estórias de muiraquitãs e Icamiabas, de curumins e cunhatãs recontadas de maneira criativa e inovadora no livro de Sebastiao Imbiriba, O Filho do BOTO – lendas e histórias da Amazônia e do Mundo narradas pelo aventuroso John Dillon Ph. D., um descendente de confederados migrados para Santarém após a derrota para os Yankees em 1865.
O Autor, Sebastiao Imbiriba, 88 anos, é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, profundamente interessado pelo patrimônio histórico de Santarém e descortina seu amor por História em O Filho do BOTO.

As mesmas lendas dos antepassados e outras, porém recontadas de forma nova, surpreendente e imperdível:

·         A Saga da Família Dillon – Confederados no Brasil;
·         O Muiraquitã Negro – O poder dos mistérios da Amazônia;
·         Um Curumim no Labyrinthus – Aventura de Kaluana na França;
·         Kaluana em Köpenick – Aventura de Kaluana na Alemanha;
·         O Vaso de Cariátides – Os falsificadores da cerâmica Tapajó;
·         A Botija de Ouro do Barão – O tesouro perdido dos Cabanos;
·         A Vingança do Mapinguari – O sobrenatural amazônico;
·         O Falso Muiraquitã - A má sorte dada por um falso talismã;
·         O Segredo de Napoleão Bonaparte – O muiraquitã perdido;
·         O Filho do Boto – Amor, paixão e sensualidade amazônicos.


Esta oferta é de 5 livros pelo preço de apenas 3, que serão enviados com frete pago.
Os livros serão autografados pelo Autor conforme instruções do comprador. Sugestão: o Autor autografa o exemplar pessoal do comprador e este autografa os exemplares brinde.
Pedidos até 31 de outubro de 2019 para evitar congestionamento dos Correios.
Entrega até 30 de novembro de 2019. O preço unitário do livro é R$ 50,00.

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31 de agosto de 2019

RUMOS AMAZÔNICOS


Este artigo foi reescrito do original publicado na
imprensa do Tapajós e neste blog em 20 de maio de 2008.

O mundo do século XXI possui impérios territoriais e/ou populacionais como Estados Unidos da América, União Europeia, China, Rússia, Índia e Brasil, além de potências ex-imperiais como Japão, Alemanha, França e Reino Unido e outras menores, todos antagônicos entre si, buscando cada qual satisfazer os interesses e necessidades de seus povos.
 O Brasil, embora o mais fraco militarmente, inclusive pela renúncia constitucional às armas atômicas, possui riquezas tanto ambientais quanto econômicas inexploradas que são objeto de escrutínio constante com vistas à sua usurpação.
Setores dos grandes impérios e outras potências econômicas pretendem extinguir a soberania brasileira e internacionalizar a Amazônia para explorá-la a bel prazer.
Impérios não são ingênuos nem bonzinhos. Impérios forçam condições e impõem seus interesses subjugando os mais fracos. Até mesmo nações menores, quando providas de recursos para impor suas vontades, como a Noruega, por exemplo, se movimentam tentando usurpar nosso patrimônio.
O recente ataque francês ao Brasil, a pretexto de protestar contra incêndios florestais e defender o meio-ambiente, porém visando a internacionalização da Amazônia e outros interesses econômicos, levanta entre brasileiros com visão geopolítica, principalmente militares, a necessidade de definir e implementar estratégias de proteção da soberania nacional e desenvolvimento sustentável de longo prazo para a Amazônia.
A incoerente política amazônica dos governos brasileiros, ou falta dela, desde que Juscelino construiu a Belém-Brasília, tem produzido desastre sobre desastre. A colonização amazônica não poderia ter sido realizada por estradas automotivas, mas por ferrovias e, principalmente, por suas vias naturais, rios regularizados por barragens e eclusas, com núcleos populacionais produtivos conforme a vocação econômica de cada local, sempre associados à produção hidroelétrica, sendo o transporte de carga principalmente fluvial e o de pessoas mormente aéreo. Tal esquema evitaria os grandes desmatamentos induzidos pelas rodovias.
Geopolítica da Nova Ordem Mundial
O congelamento econômico da Amazônia, por meio de extensas reservas ambientais e indígenas, associado à falta de investimento em pesquisa científico-tecnológica apenas resultam em pobreza, estagnação e vazios improdutivos que exaltam a cobiça de quem acredita saber e poder tirar mais com menos para benefício próprio, não só os estrangeiros, como madeireiros e garimpeiros nativos impulsionados pela ignorância e pobreza.
Vejamos, agora, o que devemos fazer para proteger os grandes e fundamentais interesses do povo brasileiro na Amazônia.
Em primeiro lugar, o império da Lei. A lei se diz igual para todos, portanto, somos todos iguais, ou devemos ser, e se não formos há que corrigir a anomalia. Índios e demais brasileiros são ou devem ser iguais e, se não o são, o Estado deve realizar programa de educação integral que conduza os povos indígenas a se integrarem à vida nacional no prazo de uma geração.
Não esqueçamos que, durante a Segunda Grande Guerra, colônias alemãs, italianas e japonesas foram induzidas a adotar a língua portuguesa e ao processo de integração à cultura nacional.
Dentro de um quarto de século, os brasileiros de origem indígena, não somente devem ter sistematizado sua própria cultura, tornando-a literal para que não se perca, como se integrado a cultura geral brasileira. Nesse prazo os indígenas deverão estar aptos à convivência social ampla e ao exercício das profissões da vida moderna, porquanto não é justo condená-los ao primitivismo subumano.
Então, a diversificada cultura brasileira estará vitalizada e enriquecida com as variadas culturas dos diversos povos indígenas, ao mesmo tempo preservadas e integradas às de povos tão diversos como asiáticos, europeus e africanos. No entanto, o Brasil continuará a ser uno em sua rica diversidade cultural.
A segunda providência para tornar iguais os desiguais, será impor o mesmo critério para as propriedades de terras, fazendo com que todos os brasileiros, sejam de que origens forem, tenham os mesmos direitos fundiários e as mesmas restrições latifundiárias. Desta forma, desaparecerão os enormes e vazios latifúndios que hoje constituem as reservas de todos os tipos, liberando espaços específicos para a exploração sustentável de nossas imensas riquezas.
Deste modo a Amazônia será descongelada e colocada a serviço dos amazônidas, multiplicando nossa riqueza econômica e colocando esta grande nação entre as maiores do mundo.
O terceiro eixo estratégico é a consolidação e ampliação do esforço de pesquisa científica e tecnológica amazônica, semelhante ao desenvolvido pela Embrapa no setor agropecuário, visando o aproveitamento sustentável econômico-social do potencial mineral, vegetal e animal amazônicos, sempre buscando a verticalização da agregação de valor ao produto desta região.
Sustentar significa repor o que se retira, restabelecer ou compensar com vantagem o que foi alterado, multiplicar a produtividade mantendo o equilíbrio ecológico.
Este é o caminho para usar a Amazônia, sem a destruir, torna-la benéfica ao Brasil e à Humanidade, para satisfação, orgulho e proveito de seus vinte e cinco milhões de habitantes, que somo nós os amazônidas.

23 de agosto de 2019

The Amazonian fires of 2019



There is a burn and there is a fire. Every year there is burning of pasture to burn the straw and to facilitate access to grass, burning of sugarcane to facilitate the cutting of sugarcane and burning of small farming land to plant manioc. This is controlled burn no fire.
Fire can be criminal, but it is small compared to fire caused by climatic factors.
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This year's annual Amazon drought is one of the largest ever and the 2019 fires are the third largest after 2010 and the 2004 largest, which did not arouse as much stir as these.
The Bolsonaro government, especially the Environment Ministry, including by budget contingency, really did not anticipate prevention measures of fires that occur every year. Money scarcity.
Most of Brazilian and European media, academy and youth is leftist and opposed to Presidents Trump and Bolsonaro and take any pretext for protests by movements funded by US farmers vying for markets against Brazilian agribusiness, and by Europeans farmers who suffer competition from those two. President Macron campaigns against President Bolsonaro to defend French farmers. It's all staging in fierce trade war.
It is necessary that the Brazilian government take steps in conjunction with the other Amazonian countries, which also suffer from the fires, to:
1. Prevent and fight fires and control burns;
2. Prevent deforestation in protected forests;
3. Promote reforestation in springs and riverbanks;
4. Consolidate the Amazonian occupation by the Brazilian people;
5. Incorporate the indigenous peoples of the Amazon into the Brazilian nation;
6. Promote public relations campaign for worldwide clarification of Amazonian issues related to national sovereignty and sustainable use of its natural resources.

Os incêndios amazônicos de 2019

Existe queimada e existe incêndio. Todo ano tem queimada de pasto para queimar a palha e facilitar o acesso ao capim, de canavial, para facilitar o corte da cana, e coivara, para plantar aipim. Isto é queimada, não é incêndio.
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Incêndio pode ser criminoso, muito pequeno frente ao provocado por fatores climáticos. 
A estiagem anual amazônica deste ano é uma das maiores já ocorridas e os incêndios de 2019 são os terceiros maiores depois dos de 2010 e os maiores de todos, de 2004, os quais não despertaram tanta celeuma quanto estes.
O governo Bolsonaro, principalmente o ministério do meio ambiente, de fato, inclusive por contingenciamento de verbas, não antecipou medidas preventivas de incêndios que ocorrem todos os anos. Faltou dinheiro.
A maioria da mídia, da academia e da juventude brasileira e europeia é esquerdista e contrária aos presidentes Trump e Bolsonaro, e aproveitam qualquer pretexto para protestos, em movimentos financiados por agricultores dos Estados Unidos, que disputam mercados com o agronegócio brasileiro, e europeus que sofrem a concorrência daqueles dois. O presidente Macron faz campanha contra o presidente Bolsonaro para defender agricultores franceses. É tudo encenação em guerra comercial.
É necessário que o governo brasileiro tome providências em conjunto com os demais países amazônicos, que também sofrem com os incêndios, para:
1. Prevenir e combater incêndios e controlar queimadas;
2. Prevenir o desmatamento em florestas protegidas;
3. Promover reflorestamento em nascentes e margens de rios;
4. Consolidar a ocupação amazônica pelo povo brasileiro;
5. Agregar à nação brasileira os povos indígenas amazônicos;
6. Promover campanha de relações públicas para esclarecimento mundial das questões amazônicas relativas à soberania nacional e uso sustentável dos seus recursos naturais.

25 de julho de 2019

CINQUENTA ANOS DE AMOR


Esta crônica foi escrita para marcar a data de 25 de julho de 2006 quando se completaram cinquenta anos de meu casamento com Nancy.
Eu a republico hoje ao completar sessenta e três anos de casados.

Num ensolarado domingo dos últimos dias de outubro de 1951, meu irmão Antonio e eu, na lancha que meu pai trouxe de Fernando de Noronha, denominada Eunice, saímos a reconhecer o belo rio Tapajós cujas águas nos eram completamente desconhecidas. Embora nascido em Santarém e banhado com águas trazidas em cântaros das margens do rio azul, fui daqui levado antes que completasse o primeiro ano de vida. As águas do imenso rio nos encantavam e navegávamos em ziguezague pelo espelho azul gozando as delícias do passeio, felizes por não estarmos enfrentando as imensas ondas do mar de Noronha.

A lancha fora construída exatamente para enfrentar ondas oceânicas e seu casco, abaulado como meia-banda de cacau, empurrava água para os lados levantando marolas tão mais altas quanto mais acelerávamos seu potente motor. Quando passávamos rente à praia, no trecho que se estende de onde hoje existe uma quadra de basquete até o Mascotinho, quase fizemos alagar uma canoa movida por motor de popa, pilotada pelo Abel que na época era empregado do Ninito Veloso e hoje ainda trabalha na firma do Paulo Correa. A canoa estava cheia de crianças pequenas, filhos de Pedro e Geny, que vieram de Belém passar férias e aproveitavam aquela bela manhã para um passeio tranquilo acompanhadas da tia, uma jovem apenas pouco mais velha que elas cujo nome vim a saber pouco depois, Nancy. As crianças choravam desesperadamente, com medo do naufrágio, Abel nos lançava olhares furiosos e Nancy gritava alucinadamente ordenando que nos afastássemos.
Antes que o desastre acontecesse, o bravo piloto conseguiu embicar a canoa na praia, diante da casa do Ninito, no canto da praça São Sebastião, salvando a todos dos perigos que dois desatinados rapazes ofereciam à navegação fluvial. Antonio e eu poitamos a lancha diante de onde é hoje a sede do PT. Fomos até a casa ao lado, que pertencera a Alarico Barata e onde esperávamos o fim das reformas de nossa residência na praça defronte da Usina de Luz.
Pegamos nosso enorme cachorro Tico, também trazido de Noronha e nos dirigimos à praia onde estavam Nancy e as crianças com a intenção de dizer que não fora nossa intenção assustar os pequenos, nem a ela. Queríamos estabelecer relações cordiais, mas o pequeno Biriba, cachorrinho de estimação de Nancy, mais atrevido do que feroz, ofereceu ao Tico uma sessão de latidos que ainda me ferem os ouvidos, o que só fez irritar ainda mais a bela jovem e atemorizar novamente as crianças. Realmente, não era nosso dia de relações sociais.
Tivemos, meu irmão e eu, de afastar o Tico. Essa foi a segunda ordem que Nancy me deu em menos de uma hora e até hoje continuo obedecendo, mas ela estava tão aborrecida por causa da aflição das crianças que nosso relacionamento não passou daí. Afilhada de dona Ciloca e de Paulo Rodrigues dos Santos, Nancy passava diante de nossa casa sempre que lhes ia tomar a benção, oportunidade que tínhamos de trocar olhares interessados e indagadores.
Somente começamos a namorar dois anos depois, quando começou a instalação da Empresa Telefônica de Santarém e eu ajudava meu pai no empreendimento, primeiro tentando convencer as pessoas a subscreverem cotas do capital, depois acompanhando os trabalhos dos técnicos vindos do Rio de Janeiro com o propósito de assumir a manutenção da central e da rede. Foi a discussão, testemunhada por Nancy, pela destruição dum pedaço de cabo telefônico, depois da qual fui até a casa dela tomar um copo d’água, que quebrou o gelo. Ela lecionava no Frei Ambrósio e meu irmão Miguel era seu mais bem comportado aluno. Foi ele que lhe levou meu primeiro convite para o cinema.
A partir daí passamos, Nancy e eu, a ir juntos ao Cinema Olímpia e fazer par constante no Recreativo, aos sábados à noite ao som da Euterpe, banda de seu Toscano e nas matinês domingueiras ao som de vitrola. Até escolhemos um foxtrote, “Por tua causa”, como nossa música, com a promessa de a dançarmos sempre que tocasse, mesmo que estivéssemos brigados ou não fossemos mais namorados. Isto de fato aconteceu. Fiquei com ciúmes por ela estar dançando com Nascimento, namorado da Zita. O coitado apenas relatava as cartas que Zita lhe mandara de Portugal. Dançava com Nancy para se sentir mais próximo da noiva, para matar um pouquinho as saudades.
Vi a cena e sai do Recreativo. Já passara do Correio quando a Euterpe atacou “Por tua causa”. Voltei na mesma pisada e, todo empertigado, cumpri a promessa da contradança. Mas não resisti à ternura de Nancy e o ciúme tolo se apagou. Tive sorte. Quando ela me viu ir embora também se dispôs a sair. Minha mãe lhe pediu que ficasse, aproveitasse o baile, que eu logo voltaria. Sempre achei que fora o Loris Figueira quem alertara o líder da banda. Só muitos anos depois Nancy me confessou que ela mesma pedira ao Toscano que tocasse nossa música. Tempos românticos aqueles.
Foi no casamento de Tereza Miléo, uma das mais brilhantes e melhor comentadas festas daquele ano de mil novecentos e cinquenta e três, que decidi me casar com Nancy. Se ela me aceitasse, é claro. Nancy era professora no Colégio Frei Ambrósio e Tereza sua diretora. Além disto, meu pai era muito amigo da família Miléo. Nossa presença era obrigatória. Estávamos, Nancy e eu, na sacada do belo sobrado em frente ao trapiche, hoje substituído pelo tão protelado porto turístico, olhando o vazio mal iluminado da Praça do Pescador, que então não existia, conversando e apreciando os convidados que ainda chegavam. A noite era muito agradável, havia música no interior do salão e eu estava apaixonado. Foi então que começamos a falar de namoro firme, quase noivado, a traçar planos para o futuro comum, a discutir o tamanho da família que gostaríamos de ter, a fazer juras de amor.
Mas eu não estava muito feliz em Santarém. Minhas experiências como plantador de hortaliças e verduras foram todas frustradas pela enormidade de plantas invasoras e insetos vorazes que existe na Amazônia. Além disto, eu perdera toda minha riqueza, meia centena de cabeças de gado em sociedades no Lago Grande. Na cheia de cinquenta e três, enquanto eu levava o gado de meu pai, dos Remédios, na várzea em frente à cidade, para a terra firme do Lago da Praia, no Arapiúns, minhas rezes permaneciam alagadas no Lago Grande e quando eu lá cheguei só pude embarcar a metade. A viagem foi a mais triste da minha vida, observando milhares de rezes mortas boiando no Lago ou rio abaixo, atirando fora do batelão as minhas que morriam. A novilha que sobreviveu foi comida por onça. Assim, desisti da vida agrária e resolvi ir para o Rio de Janeiro estudar e comecei a me preparar para isto. Senti que Nancy não apreciara a ideia, mas, compreensiva e generosa, me incentivava assim mesmo.
Ao final da enchente, numa viagem de volta para casa, dos Remédios, onde eu construíra maromba para abrigar o gado na próxima cheia, nossa canoa à vela deslizava pelo o rio levemente encrespado numa tarde ensolarada. Eu conversava com o caboclo que me fora buscar quando a sonoridade dos sinos da matriz me chegou aos ouvidos. “É o enterro do Xixito”, disse ele, “foi assassinado”. A notícia foi um choque. Acontecimentos dessa natureza eram raros em Santarém, a tragédia envolvia pessoas importantes e o morto era marido de Dulce, irmã de Nancy. O acontecimento afetou profundamente a viúva de Xixito, ex-vereador Manoel Maria Macedo Gentil. Ela foi com os filhos pequenos para o Rio e só retornou a Santarém uma única vez.
Cito o fato pela grande importância que Dulce tem em nossa vida, minha, de Nancy e nossos filhos e netos. Aos noventa e tantos anos, Mana Dulce continua saudável, com espírito alerta, alegre, cheia de verve inteligente e fácil. Não é de admirar, Dona Marcolina, mãe de onze filhos dos quais Nancy é a caçula - sou primogênito de onze irmãos – foi matrona venerável da família Ayres, repleta de mulheres admiráveis: ela própria e suas filhas, Edith que permaneceu solteira, Lídia Matos, Dulce Gentil, Geny Pontes, Zilah Veloso, Mariinha Mendonça e Nancy, a caçula, minha companheira. São mulheres cuja maior virtude e galardão é a enorme capacidade de amar, de dar amor, de fazer com que os outros se sintam amados.  Amor doado com a maior simplicidade, a mais desprendida e comovente generosidade.
Terminada a montagem da central telefônica, instalada no sobrado da esquina de Siqueira Campos com Mártires, eu mesmo soldei os últimos fios e, antes da inauguração oficial, fiz a primeira ligação telefônica automática jamais realizada em Santarém. Liguei para a casa de Zilah e Ninito. Nancy mesma atendeu ao tão esperado toque. Conversamos, comentamos a novidade inaugural e marcamos encontro para depois do jantar. Naquele tempo, o bruxuleio que a sobrecarregada caldeira da Usina de Luz conseguia colocar nas lâmpadas de Santarém ia só até às nove da noite. Depois disso a cidade apagava e nenhuma moça de família namorava. Eu tentava esticar a visita, mas a atenta Zilah mandava Ester e Júlia nos rodearem, pigarreando, tossindo e, por último, avisando imperativamente que era hora de dormir. Só me restava dar um último abraço, roubar um beijo sorrateiro e me despedir.
Os festejos de Natal daquele ano foram felizes e pesarosos ao mesmo tempo. Aproveitávamos ao máximo os momentos de estarmos juntos, pressentindo e temendo as saudades que já afloravam. A despedida foi triste e cheia de promessas. Promessas, ah... promessas.
Três anos depois, em agradável manhã de domingo, quando já havia algum tempo que retornáramos da missa, tocaram a campainha de nosso conjugado na Praia de Botafogo. Fui à porta atender e tive a agradabilíssima surpresa de ver diante de mim a figura simpática e risonha de Frei Prudêncio. Ele estava de passagem pelo Rio e nos fazia o agrado da visita. O frade era, de longa data, amigo de nossas famílias, das quais fizera batizados, primeiras-comunhões e uniões. Recebemos o amigo, confessor e conselheiro com muita alegria. Frei Prudêncio oficiara nosso casamento, agora, brincava com nossa filha Bia em seu colo.
Em julho de 1956, aproveitei a oportunidade de minhas primeiras férias no emprego que obtivera, logo ao chegar ao Rio, recomendado que fora à empresa fornecedora do sistema telefônico de Santarém e voltei ansioso por garantir que Nancy e eu viveríamos juntos para sempre. A caçula, embora a mãe morasse no canto da rua dos Artistas com a praça São Sebastião, desde criança fora criada pela irmã na casa do canto oposto, à beira-rio, o que provocou a dúvida: Nancy morava com Zilah e meu pai não sabia se deveria fazer o pedido ao marido desta, Ninito Veloso. Meus pais visitaram Dona Marcolina e, em meu nome, pediram formalmente a mão de Nancy em casamento. Tudo conforme a praxe que então se obedecia rigorosamente.
Proclamas dispensados, no dia vinte e cinco de julho de mil novecentos e cinquenta e seis, na casa de meus pais, ali no meio da praça Rodrigues dos Santos, Doutor Cacela oficiou o casamento civil e Frei Prudêncio o religioso. A noiva, linda em seu vestido branco, foi trazida por Ninito ao som da valsa nupcial briosamente tocada ao piano por Dona Beatriz, minha mãe. Eu ardia em febre de quarenta graus e mal me punha em pé. Dias depois embarcávamos para o Rio.
Tivemos uma série de quatro meninas, depois as gêmeas, finalmente o menino. Quando Junior já estava com pouco mais de dois anos, Nancy e eu, conversávamos na sacada de nosso apartamento na Gávea, quando observamos uma senhora que descia a Marquês de São Vicente com seu recém-nascido num carrinho. Nancy calou-se e acompanhou a mulher e a criança com o olhar até que a curva da rua os escondesse. Por algum tempo ficou pensativa e, quando a toquei no ombro, virou-se para mim e disse, com um misto de aceitação e saudade na voz: “ano que vem não teremos mais bebê em casa...”. Esta frase, naquele contexto, mostra perfeitamente a missão dessa generosa mulher. Nancy veio ao mundo para ser esposa dedicada, mãe amorosa, avó carinhosa, bisavó cheia de ternura. É isto que a faz ser o que é. Nancy cuida. Nancy ama. Nancy acarinha. Sua missão é amar.
Mas Nancy é firme. É firme no caráter, firme na fé, firme nas convicções, firme na ética e na moral, firme em perseguir o que quer. Essas virtudes se aliam às muitas outras que possui e fazem dela pessoa excepcional. Ela é responsável por estarmos juntos e bem, ela quis isto e não permitiu que os tortuosos caminhos da vida nos afastassem desse objetivo. Porque ela mesma me declarou que sua ambição de vida era ficar bem velhinha junto comigo para cuidar de mim, para que cuidássemos um do outro, para que nos amássemos eternamente.
União de cinquenta anos, bodas de ouro, é extraordinária benção divina. Muito poucos são os privilegiados por esse tesouro de bênçãos juntas e interligadas. Primeiro é o dom da vida, longa o suficiente para atingir esse estágio. Outra benção é o amor que une e envolve o casal de modo irreversível. Depois, os dons da tolerância, da apreciação da diferença, da aceitação do contraditório. O dom do perdão. O dom da capacidade de influenciar para retificar e aperfeiçoar a vida do companheiro. Finalmente, a benção de que sejam dois os abençoados.
Além disto, há a benção do destino, da sorte, dos acontecimentos fortuitos, aleatórios, imponderáveis e imprevisíveis que nos forçam os passos. Quando Nancy e eu decidimos que não pertencíamos aonde morávamos, que deveríamos retornar a Santarém, sentimento atávico nos guiou para o lugar ao qual pertencemos. É aqui na Terra da Felicidade, onde podemos ser quem somos, que retomamos o namoro antigo, refizemos o casamento de nossos destinos e sublimamos o amor original. É aqui que nos amamos.
E se isto parece ao amado leitor alguma deslavada e pública declaração de amor, esteja certo de que é isto mesmo, a mais desastrada e incompetente, porém a mais profunda, sincera e fervorosa declaração de amor.





5 de julho de 2019

Humanidade geneticamente modificada




Na Segunda Cúpula Internacional sobre Edição do Genoma Humano realizada em Hong Kong, em novembro de 2018, cientista que se aprestavam a debater prós e contras da modificação genética de seres humanos foram surpreendidos pela notícia de que He Jiankui, um biofísico chinês, já havia modificado geneticamente pelo menos três bebês em gestação, os quais a estas alturas já nasceram.
Imagem relacionadaA modificação genética de seres humanos, portanto, apesar da condenação dessa prática por grande número de cientistas, já é realidade com a qual temos que conviver e, consideradas as ameaças potenciais da inteligência artificial, pode representar a esperança de sobrevivência da humanidade.

Por enquanto, no caso apresentado por He Jiankui, a modificação genética se restringiu a um segmento de DNA envolvido nos mecanismos de defesa contra vírus, permitindo bloquear ataques do HIV.
O desenvolvimento da modificação genética de seres humanos pode gerar pessoas ultra inteligentes, saudáveis e imunes a doenças geneticamente transmissíveis, resistentes ao envelhecimento e capazes de acumular conhecimento e experiências ao ponto de rivalizar com os mais avançados robôs produzidos pela AI e, talvez, suplantá-los.





7 de junho de 2019

Inteligência Artificial e a Humanidade no século XXI


A partir do início do século XXI a ciência da computação acelerou as pesquisas e alardeou inúmeras profecias sobre inteligência artificial e seus crescentes impactos na vida humana.
Hoje, no limiar da terceira década deste século, algumas daquelas profecias se tornaram realidade e muitas outras encontram-se em vias de acontecer.
No dia 22 de abril de 2019 Elon Musk, Presidente da Tesla, anunciou para 2020 um milhão de robotáxis, automóveis colocados a serviço do transporte automático (sem motorista) de passageiros, enquanto seus futuros proprietários exercem outras atividades, ameaçando serviços concorrentes como Uber e outros aplicativos. A partir de então milhões de motoristas perderão seus empregos.
O primeiro robô da delicadíssima  colheita de framboesa, apelidado de "Robocrop", foi desenvolvido pela Fieldwork Robotics, originalmente parte da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e ameaça outros milhões de trabalhadores rurais neste e em outros cultivares.
O robô computadorizado, dotado de inteligência artificial passa a raciocinar com maior precisão e velocidade que o ser humano colocando em xeque a cognição humana, em todos os domínios, tornando-a inútil e dispensável.
Isto coloca a Humanidade em sério risco, diante de ameaças de extinção por completa inutilidade, uma vez que - atingida a capacidade de se auto programar, auto corrigir e auto reproduzir - o robô será totalmente autônomo do ser humano.
Não restará ao Homem qualquer papel relevante nem na produção de bens materiais, nem intelectuais. A Humanidade não servirá ao menos de alimentação das máquinas, como se fossemos aviários ou pocilgas, porque máquinas se alimentam de eletricidade e algum lubrificante.
Pergunta-se:
a) Poderão existir em paralelo duas sociedades, de um lado a comunidade das máquinas, auto regulada, produzindo para seus próprios benefícios e necessidades, e com as prioridades que ela mesma estabelecer; de outro a Humanidade que, gradativamente, ao longo da evolução da inteligência artificial, vai perdendo o protagonismo de sua própria existência?
b) Seguirá a evolução da inteligência artificial na direção do benefício da Humanidade, fazendo-a evoluir em melhoria da saúde, longevidade e bem-estar, ou no de sua destruição?
Podemos especular se a sociedade das máquinas - que poderíamos chamar Maquinidade (Machinety) ou Robonidade (Robotnity) - poderá ter sua economia centralizada, ou seja, não haverá mercado, porque o processamento de Big Data poderá considerar todos os fatores e planejar a operação de cada máquina em função de todas as demais.
Por consequência, não haverá necessidade de dinheiro, da mesma forma que cada robô será proprietário de si mesmo e a Maquinidade será totalmente transparente, uma vez que cada máquina poderá quebrar em curtíssimo tempo a criptografia das demais.
Caso a inteligência artificial evolua para o benefício da Humanidade, esta será uma sociedade saudável, longeva, sem política, sem governo, diletante, dedicada aos interesses individuais, mas totalmente regrada por leis e controle da inteligência Artificial, que saberá mais sobre cada indivíduo do que o próprio.
Enquanto o processo não atinge tal estágio, haverá muitos problemas a serem resolvidos como o da subsistência da Humanidade crescentemente sem emprego nem renda, tornando inúteis, por exemplo, esforços como o atual equacionamento da previdência social e do desenvolvimento econômico, porquanto o desemprego generalizado desmonetiza o mercado saturado de belas mercadorias sem compradores, o que exigirá a instituição, entre outras, de políticas de renda mínima universal.
Quanto mais rápido e objetivamente as nações do Mundo se ajustarem à inexorável evolução da inteligência artificial, minimizadas serão suas ameaças e menores os sacrifícios exigidos da Humanidade.

5 de junho de 2019

Encontro com a Felicidade

Amados irmãos, cunhados e sobrinhos,
Amados filhos, genros, filhos, netos e bisnetos,
Nancy, amor de minha vida,
Para aqueles de nós que nos aproximamos dos noventa anos, cada ano que passa é uma vitória da vida. Vitória da vida sobre este prodígio que é o corpo humano, maravilha sim, mas  um corpo cansado, cheio de mazelas que resiste bravamente ao passar do tempo. É vitória sobre o cansaço, sobre a doença, sobre o desânimo. É vitória da força de vontade. Vitória do amor à vida.
Para aqueles de nós que nos aproximamos dos noventa, o que importa é ser feliz. Depois de tanta busca por coisas e pessoas que nos façam felizes, depois de tantos enganos, tropeços e fracassos, finalmente chegamos dentro de nós mesmos, ali enfrentamos a nós mesmos e encontramos a felicidade, porque a felicidade mora dentro de nós. Quando atingimos este estágio, o Mundo pode desabar ao nosso redor, vicissitudes podem atingir a nós ou a pessoas amadas, podemos sentir e sofrer as perdas, mas não perdemos a felicidade, mantemos o doce prazer de simplesmente existir. “Je pense, donc je suis”? Não. O axioma se transforma em “existo, logo sou feliz”.
Portanto, meus amados, quando adquirimos a noção da real dimensão dos dons da vida e da felicidade, o tempo já lavou nossas almas do preconceito, da intolerância, do ódio, da ganância, das paixões políticas, religiosas e ideológicas e tantos outros males do espírito que causaram crimes sem conta à Humanidade. Instituições, métodos, agentes econômicos, políticos e religiosos perdem totalmente a relevância diante da simplicidade do fator bastante e necessário para ser feliz: viver.
A todos que tanto carinho e afeto demonstraram em suas felicitações, lembranças e presentes, meus sinceros e sensibilizados agradecimentos. Muito obrigado. Amo vocês.
Ah! Sim, o presente que eu almejava adquirir seria um Mercedes-Maybach (foto), mas ainda não deu, talvez ano que vem. 
Por enquanto troco o celular.