31 de agosto de 2019

RUMOS AMAZÔNICOS


Este artigo foi reescrito do original publicado na
imprensa do Tapajós e neste blog em 20 de maio de 2008.

O mundo do século XXI possui impérios territoriais e/ou populacionais como Estados Unidos da América, União Europeia, China, Rússia, Índia e Brasil, além de potências ex-imperiais como Japão, Alemanha, França e Reino Unido e outras menores, todos antagônicos entre si, buscando cada qual satisfazer os interesses e necessidades de seus povos.
 O Brasil, embora o mais fraco militarmente, inclusive pela renúncia constitucional às armas atômicas, possui riquezas tanto ambientais quanto econômicas inexploradas que são objeto de escrutínio constante com vistas à sua usurpação.
Setores dos grandes impérios e outras potências econômicas pretendem extinguir a soberania brasileira e internacionalizar a Amazônia para explorá-la a bel prazer.
Impérios não são ingênuos nem bonzinhos. Impérios forçam condições e impõem seus interesses subjugando os mais fracos. Até mesmo nações menores, quando providas de recursos para impor suas vontades, como a Noruega, por exemplo, se movimentam tentando usurpar nosso patrimônio.
O recente ataque francês ao Brasil, a pretexto de protestar contra incêndios florestais e defender o meio-ambiente, porém visando a internacionalização da Amazônia e outros interesses econômicos, levanta entre brasileiros com visão geopolítica, principalmente militares, a necessidade de definir e implementar estratégias de proteção da soberania nacional e desenvolvimento sustentável de longo prazo para a Amazônia.
A incoerente política amazônica dos governos brasileiros, ou falta dela, desde que Juscelino construiu a Belém-Brasília, tem produzido desastre sobre desastre. A colonização amazônica não poderia ter sido realizada por estradas automotivas, mas por ferrovias e, principalmente, por suas vias naturais, rios regularizados por barragens e eclusas, com núcleos populacionais produtivos conforme a vocação econômica de cada local, sempre associados à produção hidroelétrica, sendo o transporte de carga principalmente fluvial e o de pessoas mormente aéreo. Tal esquema evitaria os grandes desmatamentos induzidos pelas rodovias.
Geopolítica da Nova Ordem Mundial
O congelamento econômico da Amazônia, por meio de extensas reservas ambientais e indígenas, associado à falta de investimento em pesquisa científico-tecnológica apenas resultam em pobreza, estagnação e vazios improdutivos que exaltam a cobiça de quem acredita saber e poder tirar mais com menos para benefício próprio, não só os estrangeiros, como madeireiros e garimpeiros nativos impulsionados pela ignorância e pobreza.
Vejamos, agora, o que devemos fazer para proteger os grandes e fundamentais interesses do povo brasileiro na Amazônia.
Em primeiro lugar, o império da Lei. A lei se diz igual para todos, portanto, somos todos iguais, ou devemos ser, e se não formos há que corrigir a anomalia. Índios e demais brasileiros são ou devem ser iguais e, se não o são, o Estado deve realizar programa de educação integral que conduza os povos indígenas a se integrarem à vida nacional no prazo de uma geração.
Não esqueçamos que, durante a Segunda Grande Guerra, colônias alemãs, italianas e japonesas foram induzidas a adotar a língua portuguesa e ao processo de integração à cultura nacional.
Dentro de um quarto de século, os brasileiros de origem indígena, não somente devem ter sistematizado sua própria cultura, tornando-a literal para que não se perca, como se integrado a cultura geral brasileira. Nesse prazo os indígenas deverão estar aptos à convivência social ampla e ao exercício das profissões da vida moderna, porquanto não é justo condená-los ao primitivismo subumano.
Então, a diversificada cultura brasileira estará vitalizada e enriquecida com as variadas culturas dos diversos povos indígenas, ao mesmo tempo preservadas e integradas às de povos tão diversos como asiáticos, europeus e africanos. No entanto, o Brasil continuará a ser uno em sua rica diversidade cultural.
A segunda providência para tornar iguais os desiguais, será impor o mesmo critério para as propriedades de terras, fazendo com que todos os brasileiros, sejam de que origens forem, tenham os mesmos direitos fundiários e as mesmas restrições latifundiárias. Desta forma, desaparecerão os enormes e vazios latifúndios que hoje constituem as reservas de todos os tipos, liberando espaços específicos para a exploração sustentável de nossas imensas riquezas.
Deste modo a Amazônia será descongelada e colocada a serviço dos amazônidas, multiplicando nossa riqueza econômica e colocando esta grande nação entre as maiores do mundo.
O terceiro eixo estratégico é a consolidação e ampliação do esforço de pesquisa científica e tecnológica amazônica, semelhante ao desenvolvido pela Embrapa no setor agropecuário, visando o aproveitamento sustentável econômico-social do potencial mineral, vegetal e animal amazônicos, sempre buscando a verticalização da agregação de valor ao produto desta região.
Sustentar significa repor o que se retira, restabelecer ou compensar com vantagem o que foi alterado, multiplicar a produtividade mantendo o equilíbrio ecológico.
Este é o caminho para usar a Amazônia, sem a destruir, torna-la benéfica ao Brasil e à Humanidade, para satisfação, orgulho e proveito de seus vinte e cinco milhões de habitantes, que somo nós os amazônidas.

23 de agosto de 2019

The Amazonian fires of 2019



There is a burn and there is a fire. Every year there is burning of pasture to burn the straw and to facilitate access to grass, burning of sugarcane to facilitate the cutting of sugarcane and burning of small farming land to plant manioc. This is controlled burn no fire.
Fire can be criminal, but it is small compared to fire caused by climatic factors.
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This year's annual Amazon drought is one of the largest ever and the 2019 fires are the third largest after 2010 and the 2004 largest, which did not arouse as much stir as these.
The Bolsonaro government, especially the Environment Ministry, including by budget contingency, really did not anticipate prevention measures of fires that occur every year. Money scarcity.
Most of Brazilian and European media, academy and youth is leftist and opposed to Presidents Trump and Bolsonaro and take any pretext for protests by movements funded by US farmers vying for markets against Brazilian agribusiness, and by Europeans farmers who suffer competition from those two. President Macron campaigns against President Bolsonaro to defend French farmers. It's all staging in fierce trade war.
It is necessary that the Brazilian government take steps in conjunction with the other Amazonian countries, which also suffer from the fires, to:
1. Prevent and fight fires and control burns;
2. Prevent deforestation in protected forests;
3. Promote reforestation in springs and riverbanks;
4. Consolidate the Amazonian occupation by the Brazilian people;
5. Incorporate the indigenous peoples of the Amazon into the Brazilian nation;
6. Promote public relations campaign for worldwide clarification of Amazonian issues related to national sovereignty and sustainable use of its natural resources.

Os incêndios amazônicos de 2019

Existe queimada e existe incêndio. Todo ano tem queimada de pasto para queimar a palha e facilitar o acesso ao capim, de canavial, para facilitar o corte da cana, e coivara, para plantar aipim. Isto é queimada, não é incêndio.
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Incêndio pode ser criminoso, muito pequeno frente ao provocado por fatores climáticos. 
A estiagem anual amazônica deste ano é uma das maiores já ocorridas e os incêndios de 2019 são os terceiros maiores depois dos de 2010 e os maiores de todos, de 2004, os quais não despertaram tanta celeuma quanto estes.
O governo Bolsonaro, principalmente o ministério do meio ambiente, de fato, inclusive por contingenciamento de verbas, não antecipou medidas preventivas de incêndios que ocorrem todos os anos. Faltou dinheiro.
A maioria da mídia, da academia e da juventude brasileira e europeia é esquerdista e contrária aos presidentes Trump e Bolsonaro, e aproveitam qualquer pretexto para protestos, em movimentos financiados por agricultores dos Estados Unidos, que disputam mercados com o agronegócio brasileiro, e europeus que sofrem a concorrência daqueles dois. O presidente Macron faz campanha contra o presidente Bolsonaro para defender agricultores franceses. É tudo encenação em guerra comercial.
É necessário que o governo brasileiro tome providências em conjunto com os demais países amazônicos, que também sofrem com os incêndios, para:
1. Prevenir e combater incêndios e controlar queimadas;
2. Prevenir o desmatamento em florestas protegidas;
3. Promover reflorestamento em nascentes e margens de rios;
4. Consolidar a ocupação amazônica pelo povo brasileiro;
5. Agregar à nação brasileira os povos indígenas amazônicos;
6. Promover campanha de relações públicas para esclarecimento mundial das questões amazônicas relativas à soberania nacional e uso sustentável dos seus recursos naturais.