30 de março de 2012

Usina de Luz

É um dia nublado, ameaçando chover novamente, o computador indica 22 graus lá em baixo, ao nível do mar. Aqui na encosta da montanha, no meio da floresta atlântica, no condomínio onde residimos, deve estar uns dois graus abaixo, mas não venta como ontem, no início da tempestade, quando o fornecimento de energia elétrica foi interrompido por algum galho derrubado sobre a rede de transmissão. Agora o ar permanece sereno, a tranquilidade domina o ambiente e meu espírito vagueia pelas lembranças de minha juventude na terra natal.

Lembro da Usina de Luz, onde hoje funciona o Mercado Municipal, na Praça Rodrigues dos Santos. Eu ia lá admirar aquela que me parecia enorme termoelétrica, a fornalha queimando lenha, a caldeira soltando vapor e fazendo mover o motor, tudo para acionar um pequeno gerador elétrico, acho que fornecia uns meros 50 KW que mal davam para iluminar precariamente as ruas da frente no centro da cidade com luzinhas que mais pareciam lamparinas. A fornalha era alimentada desde cedo para fornecer vapor suficiente das seis às nove da noite quando os apitos da usina anunciavam o acender e apagar das luzes.

Quando a usina apitava era hora dos rapazes se despedirem, porque nenhuma moça de família namorava depois que a luz apagava. O pai pigarreava, a mãe vinha espiar e dizer entre dentes: “Tá na hora”. Acabava o namoro e iniciava o caminho da Fuluca, das Sete Bandeirinhas, onde a bebida, a música e as mulheres à luz de candeeiros estavam disponíveis a noite toda. Mas eu era congregado mariano e não podia frequentar tais lugares, então ia visitar residências com pais menos repressivos namorar meninas mais liberais.

A sessão do Cinema Olímpia terminava às nove, justo quando iniciava o apagão. Por isso as meninas tinham que ser sempre acompanhadas por responsáveis, os próprios pais, irmãos mais velhos ou tios. Sempre equipados com lanternas para iluminar os caminhos. A Avenida Tapajós não existia. Só a Rua do Comércio (Lameira Bittencourt), Siqueira Campos, Marechal Floriano e o trecho da Adriano Pimentel diante da Prefeitura eram pavimentadas, com esgoto a céu aberto. As demais vias eram de terra batida e muitas não passavam de areais que dificultavam a passagem dos carros de boi. Caminhões e carros eram apenas dois ou três de cada. O carro do Von, pai do Alexandre, era o único que transportava passageiros.

A Rádio Rural ainda não existia, não havia energia elétrica nem Frei Juvenal, o precursor de padre Edilberto Sena. Quem precisasse de energia durante o dia tinha de instalar seu próprio gerador diesel-elétrico. Era o caso das Prensas de juta que funcionavam na Rua do Imperador, a fábrica de gelo do Bar Mascote e a do Guaraná Sacil, a primeira de Santarém, que fornecia força para nossa casa no horário comercial.

Finalmente o sonho de Silvio Braga se realizou e a hidroelétrica do Palhão foi inaugurada com muitas festas e seus 40 MW, suficientes para acalentar o início do desenvolvimento econômico da cidade. Foi uma alegria, assim como agora que a Light restabeleceu o fornecimento de energia e eu posso escrever estas recordações.

A carência de energia é um dos maiores empecilhos ao desenvolvimento e bem estar da Humanidade, como nestas horas em que fiquei no apagão, isolado do Mundo, do conhecimento, da informação, dos parentes e amigos, imaginando como fica infeliz e triste a vida sem eletricidade. E sem Internet.

22 de março de 2012

A fundação do IHGTap

O Estado do Tapajós, nosso permanente sonho, será brindado com a fundação, instalação e posse da primeira diretoria do IHGTap - Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, afiliado e com as mesmas funções do IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que acontecerá nesta sexta-feira, 23 de março de 2012, às 19h00, no plenário da Câmara Municipal de Santarém.

A diretoria a ser empossada será capitaneada por padre Sidney Canto, presidente, professor Anselmo Colares, vice, e jornalista Jota Ninos, secretário. A solenidade será presidida e por Arno Vehling, presidente do IHGB, com a presença de Ruth Burlamaque, representante do IHGPA, e Maria do Carmo, que será, enquanto prefeita, Presidente de Honra da instituição.

Na qualidade de Associado Correspondente do IHGTap, uma vez que atualmente resido no Rio de Janeiro e não posso participar pessoalmente, acompanho de longe, embora atentamente, o desenvolver da criação desse importante órgão cuja finalidade é promover o estudo, a pesquisa e a divulgação da História, da Geografia, da Arqueologia e demais ciências correlatas no Estado do Tapajós.

História é uma das paixões de minha vida, desde a convalescença aos onze anos de idade, cujo tempo de reclusão era ocupado com a leitura da biblioteca de meu pai, seus livros de História, da coleção Brasiliana, e obras literárias muito variadas e ecléticas.

O fato de possuir um ilustre antepassado, Doutor Machado, de Óbidos, provocou meu interesse pela pesquisa histórica e levantei dados sobre sua vida e obra no Arquivo Nacional e no IHGB, embora neste tenha encontrado restrições que, como membro do IHGTap, espero superar. Ao levantar esses dados, recebi contribuições das pesquisas em Manaus e Óbidos realizadas por minha filha Andréa Imbiriba.

Para quem nada sabe sobre Manoel Francisco Machado, informo que este filho de Óbidos formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, foi advogado e promotor em Óbidos, mas desenvolveu carreira política no Amazonas, pelo qual foi conselheiro do Império, presidente da Província por duas vezes, último barão nomeado por Dom Pedro Segundo, e senador da República. Na velhice, retornou a Óbidos onde seu vasto conhecimento e sua extensa biblioteca foram, por longo tempo, as principais fontes de consultas da cidade. Aliás, minha mãe, sua neta, era a única que ele permitia circular livremente na biblioteca.

O patrimônio arquitetônico urbano é outro assunto de grande interesse e neste particular me recordo de dois grandes eventos dos quais participei. O primeiro deles foi o Seminário sobre Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Santarém, realizado durante o dia 25 de abril de 2003 no Amazon Park Hotel.

Este seminário, cuja comissão executiva foi composta por mim, Alba Rosa Lopes Lobato e Gina Cynthia Valle, foi uma realização da Prefeitura Municipal de Santarém, por intermédio da CDU – Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano, chefiada por Roberto Branco e ideia original do Arquiteto e Urbanista Ney Floriano de Lalor Imbiriba, e buscava promover as condições para restaurar, reabilitar e conservar o patrimônio histórico e arquitetônico de Santarém. Para tanto, pretendia encontrar meios de revitalizar os centros urbanos desta e outras cidades da região, impedir a descaracterização arquitetônica, evitar a destruição de nosso acervo cultural, promover a plena utilização do patrimônio ambiental urbano e o surgimento de novos negócios em diversos campos da construção civil e do turismo.

Ilustres nomes locais participaram da concepção e realização desse seminário, entre os quais ressalto a contribuição de Hélcio Amaral, Liduina Maia, Wilde Fonseca, Eduardo Fonseca, Arilson Miranda, Valéria Rodrigues de Oliveira, Liduina Maria Maia Pereira, Terezinha Amorim e Florêncio Almeida Vaz.

Outro importante evento do qual participei foi o Seminário Patrimônio Histórico realizado na FIT em 2009 sobe direção de Helvio Arruda e coordenação de Terezinha Amorim.

Menciono esses fatos para ressaltar meu profundo interesse por esses temas e minha alegria pela constituição do IHGTap, herdeiro do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico de Santarém, fundado em 1870 por ilustres personalidades e relatado em Tupaiulândia pelo  historiador Paulo Rodrigues dos Santos.

Desejo ao IHGTap, sua diretoria e seus ilustres membros amplo sucesso e grandes realizações em favor do Conhecimento e da Cultura do Estado do Tapajós.

17 de março de 2012

Tucanalhas, Petralhas, bandalhas e canalhas

“Antigamente os que assistiam ao lado dos príncipes chamavam-se laterones. E depois, corrompendo-se este vocábulo, como afirma Marco Varro, chamaram-se latrones. E que seria se assim como se corrompeu o vocábulo, se corrompessem também os que o mesmo vocábulo significa?”. Respondo ao padre Antonio Vieira que o condicional não se aplica em terras de El Rey, nem nas de Maranhão, Bahia e todo o reino do Brasil, valendo o indicativo, porque corrompe-se o vocábulo e os que este significa: Os que assistem ao lado dos potentados são todos, ou quase, rematados ladrões.
Vejamos o caso do homem de confiança máxima de Getúlio, Tenente Gregório Fortunato que, das acomodações do corpo de segurança ao lado do palácio do Catete, dirigiu uma das maiores redes de corrupção até então vistas em terras brasileiras. O escândalo chamou-se Mar de Lama e conduziu Vargas ao suicídio.
Juscelino construiu Brasília, introduziu a inflação no país e fez a festa dos empreiteiros. Jânio, com seu estrabismo físico e moral, brandia sua vassoura para varrer os corruptos, enquanto vivia à custa de magnatas. Em troco de que? Ao enfrentar a oposição no Congresso, deu um chilique e renunciou na certeza de que o povo o reconduziria como ditador. Errou e disparou a serie de crises que culminou com a derrubada de seu vice, João Goulart.
O esquema de Gregório Fortunato resuscitou após o plebiscito que confirmou Jango na presidência e as autarquias financiavam pelegos. Para quem não sabe o que é isto, pelego é o manto de pelo de carneiro que o gaucho coloca por cima da sela para amaciar a andadura do cavalo e, por analogia, o sindicalista que se deixa montar pelo político ao qual serve. Exatamente como CUT e Força Sindical, pelegos modernos, se portam perante Lula. Portanto, as práticas do peleguismo lulista remontam às origens do Estado Novo e passam pelo queremismo.
O Governo Militar se erigiu sob a égide do combate ao comunismo e á corrupção, com o consentimento e até aplausos da população. Era para durar dois anos, limpar a casa e devolver o poder aos políticos civis. Costa e Silva entendeu que os políticos não eram confiáveis e prorrogou indefinidamente o regime, espalhando majores e coronéis por tudo quanto era repartição, aparelhando militarmente o Estado brasileiro. A consequência foi que as vestais militares, encarregadas de limpar e moralizar, logo tomaram gosto pelo ofício de “laterone” e não só corromperam o vocábulo como a si próprios, tornando generalizada e exponenciando a ladroagem.
A partir do Estado Novo, quando comecei a me conscientizar das coisas políticas, fui testemunha de casos, por exemplo, para ficar em apenas dois, do genro de ministro que iniciou a construção de seu palacete em 1944, mas só o concluiu no segundo governo Vargas, quando seu esquema de financiamento retornou ao poder; ou o do coronel chefe de uma autarquia que meteu o pé na porta de empresário para exigir pagamento da propina prometida, mas embolsada pelo vendedor. Sempre foi sabido que os negócios com governo se faziam mediante propina, costumeiramente de cinco por cento, chegando a alguns casos a cinquenta na era Sarney. Qualquer um que tenha a mínima noção de composição de custos pode imaginar a impossibilidade da prestação do serviço neste nível de propinagem.
Vamos passar ao largo do governo Sarney com sua superinflação, a maior das corrupções, para o deixar a cargo das pungentes denúncias de Collor, o Caçador de Marajás, ele próprio caçado pela juventude e cassado pelo Congresso. Mas não há como esquecer o “laterone” PC Faria, o Fortunato do Collor.
O escândalo collorista foi tamanho que quase supera o Mar de Lama, mas teve o dom de conscientizar a sociedade e colocar um pouco de vergonha no governo Itamar, não tanta que acabasse com a ladroagem, porém o suficiente para manter bem escondidas da mídia as bandalhas e canalhices que nos subterrâneos se praticavam.
Ah! Chegaram os Tucanos e a ladroagem se manteve em níveis, digamos, normais, ou seja, que não incomodavam demais a população conformada com a tradição da roubalheira e sem tempo para se indignar. Mas o Tucano-chefe quis porque quis ser reeleito e cooptou o Congresso quase todo a troco do toma lá dá cá e bagunçou de vez o coreto. O nível de percepção da roubalheira pelo povo aumentou e destruiu a imagem do herói do Plano Real. A tucanalhice imperou.
Enquanto isto, Lula era contra a Constituição de 88, contra a Lei da Responsabilidade Fiscal, contra o Plano Real, contra o Proer, contra tudo que pusesse ordem na casa, contra tudo que veio a constituir a base do sucesso relativo da política econômica que herdou e à qual fora contra. Mas Lula foi a favor, desde seus primórdios sindicalistas, dos esdrúxulos esquemas de financiamento de seus sindicatos e do partido político que criou a seu serviço.
“Pô, Oswaldo, tem que arrecadar como faz o Celso Daniel. Você quer que a gente ganhe a eleição como?” Com esta indagação, revelada na CPI do mensalão, Lula, em 1998, acompanhado por seu principal “laterone”, José Dirceu, impunha a Oswaldo Dias, prefeito de Mauá, o exemplo de Celso Daniel, prefeito de Santo André, importante arrecadador para o Partido dos Trabalhadores através do esquema da CEPEM – Consultoria para Empresas e Municípios, criada para financiar o PT com fundos ilegais de prefeituras petistas. Como se sabe, Celso Daniel foi assassinado em 2002 por seus próprios “laterones” para acobertar os crimes Petralhas.
O esquema financeiro síndico-petista, longamente praticado antes da eleição de Lula, foi rapidamente ampliado com o aparelhamento petista do governo e incorporação de práticas tucanas mineiras de Marcos Valério. Se Fortunato, com menos acinte, agia assentado no corpo da guarda fora do palácio do Catete, José Dirceu, mais pernóstico, se acomodou na própria antessala do presidente Lula. Dalí coordenou o maior esquema de corrupção jamais visto na história deste país, esquema que persiste na maior parte, embora o mensalão tenha sido desbaratado. Será que foi?
Os que eram crimes de Sarney, Collor e FHC passaram a ser para Lula coisinhas sem importância, nem pecadilhos seriam senão caixa dois de campanha, coisas de aloprados, na expressão dele, como se não fossem crimes, mas, por seus estranhos critério, justificáveis. Legado que deixa para Dilma, cujos ministros herdados são expelidos pelo clamor público enquanto os “laterones” petralhas, com a cara mais deslavada, acusam a opinião pública do crime de os denunciar. E para nosso espanto, Lula, Dilma e seus principais “laterones”, inclusive Dirceu, aparecem em eventos públicos a se apertarem em abraços estreitos e, sorridentes, trocarem beijos afetuosos.
O que podemos dizer desses presidentes e seus “laterones”? Volto a Antonio Vieira: “São companheiros dos ladrões, porque os dissimulam; são companheiros dos ladrões, porque os consentem; são companheiros dos ladrões, porque lhes dão os postos e poderes; são companheiros dos ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente seus companheiros, porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os mesmos ladrões os levam consigo”.
Que a Lei da Ficha Limpa e a indignação do povo brasileiro os remeta todos aos confins do ostracismo, pelo menos com direitos políticos cassados, senão empalados no próprio Código Penal.

1 de março de 2012

De Atenas a Marabá e Santarém

O Mundo vive momentos difíceis. Mas se recobra. Por pior que seja a crise grega, o caminho da recuperação está aberto, tanto pela determinação de seu governo e seu povo, que finalmente adquire consciência de seu drama, quanto pela certeza de que a ajuda externa não faltará.

Décadas atrás, a Alemanha esteve em situação semelhante e, embora não se sentisse desamparada pelas demais nações, pouco se valeu de ajuda externa. Ao contrário, apertou o cinto, diminuiu salários, lucros e impostos, aumentou o ritmo de trabalho e priorizou a inovação tecnológica e a qualidade de seus produtos. Por isso cresceu e se tornou fornecedora do resto da Europa e do Mundo.

Agora, é com profundo resentimento que o trabalhador germânico se pergunta: Porque eu, que me sacrifiquei para não perder meu precioso emprego, tenho que sustentar o inconsequente trabalhador grego que gozou as benesses de governos populistas e demagogos? Apesar disto, aceita financiar a recuperação da economia grega.

O risco para a Alemanha é muito grande. Se a Grécia cai, arrasta consigo Portugal, Espanha e Itália, possivelmente afetará seriamente Islândia, Irlanda e, em menor grau Grã-Bretanha, França e os demais países europeus, e outros por todos os continentes. Empregos e indústrias alemãs estarão em maus lençóis: não haverá a quem vender sua inovadora tecnologia e elevada qualidade. Então, apesar de relutar, não deixará a Grécia na bancarrota.

Colocada a Grécia nos trilhos, o alívio será geral. Investimentos, bolsas, empregos crescerão, a prosperidade voltará à Europa, a América do Norte sentirá os reflexos e aumentará seu tímido crescimento, o Japão deixará de patinar no óleo, a China continuará a produzir e seremos todos felizes.

Os Estados Unidos continuam a imprimir dinheiro para pagar suas despesas, em vez de cobrar impostos ou vender títulos de dívida no mercado. O dólar fica barato, mas não tanto. O Mundo tem fé cega na moeda estadunidense, amém.

Aqui no Brasil, a inflação está controlada, há superávit no orçamento federal e nos estaduais, na balança de pagamentos externos e no comércio exterior; a gastança do ano eleitoral é contida pela Lei da Ficha Limpa, que também alveja as listas de candidatos, o emprego está em alta, assim como as reservas cambiais que contêm a queda do dólar.

Neste cenário, logo os investimentos estrangeiros retornarão ao Brasil. Mais empresas brasileiras serão vendidas e outras tomarão empréstimos para investir, ou irão à Bovespa em busca dos dólares que lá jorram; as empresas prosperam e importam trabalhadores especializados que aqui faltam, principalmente para atender ao pré-sal.

Vai tudo bem. Até o Grão Pará sai do sufoco. Venezuela e Líbano continuam comprando nosso gado em pé; logo outros compradores aprenderão o caminho, ou nós o deles e mais riqueza abundará – brotando pelo porto de Barcarena – para criadores e toda a cadeia produtiva de Carajás, Maranhão e Tocantins. Só o Tapajós fica de fora, mas nem tanto; ainda pega uma rebarba daqui e dali.

Jatene, repimpão, refaz a turnê por Tapajós e Carajás atrás de bobos que acreditem e aceitem o Pará Que Te Quero Grande. Deixa ele vir, e ir. Nós aqui estaremos trabalhando duro, na moita, concentrados na feitura de nosso Projeto de Lei de Iniciativa Popular que cria os Estados do Carajás e Tapajós.

Estaremos preparando o caminho da redenção, da autonomia, da LIBERDADE.