5 de junho de 2019

Encontro com a Felicidade

Amados irmãos, cunhados e sobrinhos,
Amados filhos, genros, filhos, netos e bisnetos,
Nancy, amor de minha vida,
Para aqueles de nós que nos aproximamos dos noventa anos, cada ano que passa é uma vitória da vida. Vitória da vida sobre este prodígio que é o corpo humano, maravilha sim, mas  um corpo cansado, cheio de mazelas que resiste bravamente ao passar do tempo. É vitória sobre o cansaço, sobre a doença, sobre o desânimo. É vitória da força de vontade. Vitória do amor à vida.
Para aqueles de nós que nos aproximamos dos noventa, o que importa é ser feliz. Depois de tanta busca por coisas e pessoas que nos façam felizes, depois de tantos enganos, tropeços e fracassos, finalmente chegamos dentro de nós mesmos, ali enfrentamos a nós mesmos e encontramos a felicidade, porque a felicidade mora dentro de nós. Quando atingimos este estágio, o Mundo pode desabar ao nosso redor, vicissitudes podem atingir a nós ou a pessoas amadas, podemos sentir e sofrer as perdas, mas não perdemos a felicidade, mantemos o doce prazer de simplesmente existir. “Je pense, donc je suis”? Não. O axioma se transforma em “existo, logo sou feliz”.
Portanto, meus amados, quando adquirimos a noção da real dimensão dos dons da vida e da felicidade, o tempo já lavou nossas almas do preconceito, da intolerância, do ódio, da ganância, das paixões políticas, religiosas e ideológicas e tantos outros males do espírito que causaram crimes sem conta à Humanidade. Instituições, métodos, agentes econômicos, políticos e religiosos perdem totalmente a relevância diante da simplicidade do fator bastante e necessário para ser feliz: viver.
A todos que tanto carinho e afeto demonstraram em suas felicitações, lembranças e presentes, meus sinceros e sensibilizados agradecimentos. Muito obrigado. Amo vocês.
Ah! Sim, o presente que eu almejava adquirir seria um Mercedes-Maybach (foto), mas ainda não deu, talvez ano que vem. 
Por enquanto troco o celular.

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