26 de março de 2020

Pandemia – Isolar ou aglomerar?


O CoVid-19 se propaga entre seres humanos através de contato físico de mucosas do recipiente com mãos ou objetos e gotículas de saliva lançadas pela fala, espirro ou tosse do transmissor.O vírus ataca o organismo inoculado que reage tentando impedir a penetração em suas células.
Se o organismo for jovem e sadio, os anticorpos neutralizarão o vírus, que morre em poucos dias sem que a pessoa infectada apresente qualquer sintoma da agressão.
Por outro lado, se houver baixa imunidade, por doença prévia ou idade avançada, o vírus vence a barreira natural dos anticorpos e penetra as células onde se reproduz causando adoecimento das vias respiratórias.
Dependendo de grau de infecção e de reação dos anticorpos, bem como da sanidade prévia do organismo, tratamento sintomático e respiração forçada por aparelhos, com duração aproximada de uma a quatro semanas, permitirão que o organismo se recupere e sobreviva. Em caso extremo o paciente não resiste e morre.
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As estatísticas do CoVid-19 indicam mortalidade inferior a três por cento dos infectados e propagação exponencial da infecção, em maior ou menor velocidade, dependendo da aglomeração das pessoas.
Se todo o povo estiver próximo, em condições ótimas de transmissibilidade, em menos de uma semana todos os indivíduos estarão infectados. A taxa de transmissão diminui conforme o grau de isolamento da população. De qualquer forma, a infecção se propaga até que a maior parte da população adquirira imunidade e o vírus seja impedido de se reproduzir. Este será o fim da pandemia.
O objetivo dos infectologistas é impedir que pessoas dos grupos de risco sejam atingidas até que que a pandemia cesse, isto é, que a maioria da população adquira imunidade, estágio em que o risco de infecção se aproxima de zero.
Aqui, o caso deixa de ser de medicina e passa a ser problema de logística porque, se o isolamento for total – risco zero – não haverá condições de prover a população com alimentos, tratamento médico e outras necessidades básicas.
Por outro lado, se o isolamento for mínimo – risco máximo – não haverá condições de prover assistência médica à maioria dos infectados.
Temos então, que o dilema consiste em calibrar o isolamento de forma a resguardar os grupos de risco e, ao mesmo tempo, manter a produção de bens e serviços em nível adequado a que toda a população seja abastecida e medicada.
E este é o grande desafio das autoridades médicas e políticas.

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