3 de dezembro de 2020

Lenda e Origens da Família Imbiriba


Diz a lenda familiar que uma donzela da família Fernandes, católica, do Recife se casou com um militar holandês, do exército de Maurício de Nassau, luterano, o qual retornou para seu país de origem após a derrota para os pernambucanos em 26 de janeiro de 1654. Constrangida pela censura da sociedade local após a retirada dos holandeses, a família da esposa abandonada migrou para Quixeramobim, na região central do Ceará.

Devido à ascendência holandesa, os Fernandes de Quixeramobim eram altos, louros, de olhos muito azuis e tez vermelha como as sementes da imbiriba, árvore de porte médio nativa do Nordeste, de cuja semelhança deriva a alcunha agregada ao nome de família: Fernandes Imbiriba.

Afligidos pela grande seca que atingiu o Nordeste em 1877-79, os Fernandes Imbiriba migraram do Ceará (não sei se restou algum Imbiriba em Quixeramobim, mas  há referências a uma tia Teté Fernandes, respeitada matrona da família, que lá permaneceu), e se estabeleceram no Baixo Amazonas, principalmente em Santarém e Oriximiná os primeiros dos quais foram:

·         Machado Imbiriba, do qual não sei o nome de batismo, mas seus descendentes diretos foram:

o   Tereza Rosa de Jesus Machado Imbiriba + João Baptista Imbiriba Fernandes,

o   Antonio Machado Imbiriba,

o   Ana Machado Imbiriba + João Guerreiro,

o   Francisca Machado Imbiriba (Chiquinha) + José Gabriel Guerreiro,

o   Joana Machado Imbiriba (1ª esposa de João Baptista Imbiriba Fernandes);

·         Manoel Coriolano Monteiro Imbiriba, casado com Maria Tapajós Nogueira Fernandes, e

·         Gonçalo Ramalho Fernandes, casado com Argemira Geracina Imbiriba.

Destes três ancestrais (os dois últimos eram irmãos, mas não sei quanto ao primeiro) descendem todos os Imbiribas consanguíneos (há muitos afilhados que adotaram o Imbiriba dos padrinhos). Com o tempo, a família perdeu o nome Fernandes e passou a ser apenas Imbiriba.

 Os Imbiribas do Baixo Amazonas migraram para todas as partes e hoje se espalham pelo Mundo, embora sem perder suas raízes amazônicas, contando (em 2020) com cerca de 500 membros em 9 gerações na árvore genealógica.

O Autor pede contribuições de informações e voluntários co-mantenedores da árvore genealógica da Família Imbiriba.

Sebastiao Imbiriba - simbiriba@gmail.com - +55 21 974 355 370


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