20 de maio de 2008

Forças Apáticas – Rumos a seguir

Vimos, nesta série de artigos da qual este é o último, como as ideologias, as paixões políticas, o partidarismo, todos, no mais das vezes, acompanhados de profundo amor à pátria, tem interferido no comportamento de nossas Forças Armadas, afastando-as do papel fundamental de servir ao Estado Brasileiro, e não aos governos, servir aos interesses estratégicos nacionais, e não às conveniências partidárias. Quase sempre, o resultado tem sido desastroso.
Vimos, também, que ao fim do Regime Militar, as Forças Armadas se fecharam numa introspecção que raia à timidez, numa catarse da deterioração do idealismo, da ética e da disciplina, resultantes do exercício do poder. O poder corrompe; o poder absoluto não dispõe dos
freios e da inspeção da Democracia.
Verificamos a função das Forças Armadas, de como elas devem tudo ver e de tudo cuidar para que a Pátria não fique sujeita os riscos evitáveis pela simples precaução.
Por fim, constatamos que o mundo atual se compõe de impérios antagônicos, entre os quais o Brasil é um deles, embora o mais fraco e cujos interesses, sobretudo os sobre a Amazônia, são objeto de escrutínio constante com vistas à sua usurpação. Os grandes impérios, o norte-americano e o europeu, com apoio do russo, pretendem a internacionalização da Amazônia. Impérios não são ingênuos ou bonzinhos. Impérios forçam condições e impõem seus interesses.
A incoerente política amazônica, ou falta dela, desde que Juscelino construiu a Belém-Brasília, tem produzido desastre sobre desastre. A colonização amazônica não poderia ter sido realizada por estradas, mas por suas vias naturais, rios, e artificiais, eclusas, e não deveria ser contínua, mas em ilhas de produção, conforme a vocação econômica de cada uma, sempre associada à produção hidroelétrica, sendo o transporte de carga fluvial e o de pessoas aéreo. As grandes estradas produziram grandes desastres.
O congelamento econômico da Amazônia, por meio de extensas reservas de preservação ambiental e humana, associado à falta de investimento em pesquisa apenas resultam em pobreza, estagnação e vazios improdutivos que exaltam a cobiça de quem acredita saber e poder tirar mais com menos para beneficio próprio.
Vejamos, agora, o que devemos fazer para proteger os grandes e fundamentais interesses do povo brasileiro na Amazônia.
Em primeiro lugar, o império da Lei, e a lei se diz igual para todos. Portanto somos todos iguais, ou devemos ser, e se não formos há que corrigir a anomalia. Índios e demais brasileiros são ou devem ser iguais e, se não o são, o Estado deve realizar um programa de educação integral que conduza os povos indígenas a se integrarem à vida nacional no prazo máximo de uma geração. Não esqueçamos que, durante a Segunda Grande Guerra, colônias alemãs, italianas e japonesas foram induzidas a adotar a língua pátria e ao processo de integração à cultura nacional.
Dentro de um quarto de século, os brasileiros de origem indígena, não somente devem ter sistematizado sua própria cultura, tornando-a literal para que não se perca, como absorvido a cultura geral brasileira. Nesse prazo os descendentes de indígenas deverão estar aptos à convivência social ampla e ao exercício das profissões da vida moderna, porquanto que não é justo condena-los ao primitivismo subumano. Então, a diversificada cultura brasileira estará vitalizada com as variadas culturas dos diversos povos indígenas, assim como é enriquecida por culturas de povos tão diversos como asiáticos, europeus e africanos. No entanto, o Brasil continuará a ser uno em sua rica diversidade cultural.
A segunda providencia para tornar iguais os desiguais, será impor o mesmo critério para as propriedades de terras, fazendo com que todos os brasileiros, sejam de que origens forem, tenham os mesmos direitos fundiários e as mesmas restrições latifundiárias. Desta forma, desaparecerão os enormes e vazios latifúndios que hoje constituem as reservas indígenas.
Reservas, sejam indígenas ou extrativistas, devem ser substituídas por unidades de conservação exploráveis por concessões leiloadas. Deste modo a Amazônia será descongelada e colocada a serviço do Brasil, multiplicando nossa riqueza econômica e colocando-a entre as maiores do mundo, produzindo energia, matérias primas e produtos naturais. Conservar significa repor o que se retira, restabelecer o que foi alterado, garantir a sustentabilidade, mais do isto, multiplicar a produtividade mantendo o equilíbrio ecológico.
Este é o caminho para usar a Amazônia, sem a destruir, torna-la benéfica ao Brasil e à humanidade, para satisfação, orgulho e proveito de seus vinte e cinco milhões de habitantes, que somo nós os amazônidas.

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