É muito característico de pessoas de credos radicais
alardear crimes alheios, mas silenciar os próprios e os de suas facções.
É o caso, por exemplo da extradição de Olga Benário, de um lado, e de outro o
assassinato de Elvira Cupello Colônio, cujo nome verdadeiro era Elza Fernandes.
O crime alegado de Getúlio Vargas e seu chefe de polícia, Filinto
Müller, foi o de extraditar a mulher de Luiz Carlos Prestes, comunista e judia,
para a Alemanha, onde morreu em campo de concentração nazista. Portanto, Vargas
seria culpado do assassinato de Olga Benário.
Olga, ativista comunista alemã, havia sido enviada pela
União Soviética para controlar Prestes e, para disfarce e melhor cumprimento da
missão, se casou com ele.
A história silenciada pelos comunistas é a seguinte:
Após o fracasso da Intentona Comunista, perseguição da
polícia de Vargas ao PCB e prisão de seus membros, Luiz Carlos Prestes
suspeitou que Elza - amante de Antônio Maciel Bonfim, de codinome Miranda, secretário
geral do Partido Comunista Brasileiro - tivesse traído o Partido.
Os fatos foram esclarecidos por cartas entre Prestes e Olga,
depoimentos de militantes do PCB, acareação entre Prestes e o assassino, e confissão deste.
A suspeita de Prestes se devia a que Elza, que então tinha entre
16 e 17 anos, e era semianalfabeta, não fora torturada pela polícia.
Prestes,
com consentimento de Olga, ordenou o assassinato de Elza.
Em 20 de fevereiro de 1936, Elza foi estrangulada por um
militante do PCB, Francisco Natividade Lira, de codinome Cabeção, que usou a
corda do varal da casa do bairro de Guadalupe, Rio de Janeiro, em cujo quintal
o corpo foi enterrado
O crime de Getúlio é alardeado, mas o assassinato de Elza é
sepultado em silenciado profundo.
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