Realizou-se em Santarém, em 31 de março de 2008, o Fórum Estadual de Turismo presidido pela presidente da Paratur, senhora Anne Pontes, a quem solicitei que, em nome do Fórum, realizasse gestões junto aos órgãos competentes no sentido de solucionar o impasse do Tapajos Amazon Lodge.
A questão pode ser facilmente resolvida se o IBAMA, simplesmente, conceder aos proprietários desse hotel de selva o uso da terra, que já ocupam, para fins turísticos, pelo prazo de trinta anos.
Para situar os leitores, transcrevo abaixo o teor de minha comunicação à senhora Anne Ponte em 13 de abril de 2007.
O impasse do Tapajos Amazon Lodge
Em 1990, dois cidadãos franceses adquiriram terras na margem esquerda do Tapajós, próximo à comunidade de Suruacá, um pouco ao Sul do través de Alter do Chão e ali construíram o único hotel de selva no Pará, o Tapajos Amazon Lodge. O Hotel fechou em 1992 por desavenças entre os proprietários.
Em 1996, a Paratur incentivou outro grupo francês a reativar o Lodge. Trata-se de investidores com profundo conhecimento do ramo turístico e extensas relações no meio cinematográfico e na mídia internacional, formadores de opinião e moda.
No final de 1998 o hotel de selva estava quase pronto para receber turistas quando a instituição da Reserva Extrativista Tapajós Arapiúns mudou o status das propriedades em sua extensa área de 650 mil hectares, paralisando o empreendimento por falta de definição do governo federal (MMA e IBAMA). Apesar das mais de vinte reuniões e audiências públicas realizadas em Brasília, Belém, Santarém e no Suruacá, o caso permanece sem qualquer decisão desde 1998.
Este problema não se restringe ao prejuízo dos investidores privados e à falta de empregos na Resex. Diz respeito à falta de coordenação entre as diversas instâncias de poder. Governo federal não se entende com estadual e este com municipal. Ministérios, repartições e as instâncias federal, estadual e municipal têm políticas contraditórias.
O problema tem péssimas conseqüências: inúmeros empregos deixaram de ser criados na Resex e nos serviços de apoio em Alter do Chão e Santarém. Toda a região é prejudicada pela carência de capitais e empreendedores capazes de atrair turistas.
O impasse do Lodge, o hotel de selva dos franceses, é emblemático, circula pela Internet entre investidores e operadores de turismo internacionais como nódoa na imagem desta região, refletindo-se em empreendimentos que deixaram de ser realizados: investidores escandinavos que desejavam investir em Santarém foram para Pernambuco; outro grupo europeu desistiu de construir um Aquário que incorporaria o Museu do Índio em Alter do Chão.
O caso deixou de ser mero interesse particular dos empreendedores, passou a ser de interesse público pelas repercussões e conseqüências negativas que acarreta ao desenvolvimento do Turismo no Pólo Tapajós e todo o Pará.
A solução depende do IBAMA.
E de demonstração de interesse da PARATUR.
Nenhum comentário:
Postar um comentário