No Egito não tem
Rede Globo, mas teve Primavera Árabe. Na Líbia não tem Veja, mas derrubaram o
Kadafi. Na Turquia não tem Folha, mas tem manifestação popular. No Brasil tem
Rede Globo, Veja, Folha e Estadão, ainda assim, tem manifestação popular. Qual
é o elo comum? Internet, a tecnologia do Conhecimento e da Informação, que
permite a todos, em toda parte, adquirir conhecimento e obter informação.
Hoje em dia não
tem mais bobo influenciado e dominado pela mídia, pelos donos de partidos,
sindicatos, associações e ONGs. Agora, todo mundo busca o conhecimento que quer
e troca as informações dos fatos do momento. Acabou a enganação, mistificação,
empulhação. Os donos dos currais eleitorais, os coronéis do interior, os
caudilhos, foram extintos pelo surgimento da mídia eletrônica.
Agora, temos
Internet, Google, Gmail, Facebook e todos os demais instrumentos digitais que
suplantam e derrotam o poder da mídia tradicional e dos donos das organizações
sociais dominadas por partidos ideológicos.
Agora é a vez do
pragmatismo difuso, variado, diversificado, individualizado. Cada um é dono de
si mesmo, ninguém é mais subjugado por quem quer que seja.
Direita e esquerda,
essa paranoia fora de tempo e espaço, herança anacrônica da Guerra-fria
deixaram de ter significado e de ocupar corações e almas das novas gerações
ligadas agora em temas mais reais, mais concretos, extraídos da experiência de
cada dia:
·
da constatação da
corrupção escancarada,
· da vergonha da péssima educação,
· do abjeto descaso com a saúde pública,
· da mortandade decorrente da falta de segurança,
· do distanciamento dos políticos de seus eleitores,
· da arrogância da base aliada elegendo Renan, mesmo em desfio à opinião pública, manifesta em 1,5 milhões de assinaturas contra essa candidatura,
· da afronta à sociedade pela posse na Câmara de Deputados de dois condenados pelo STF no julgamento do Mensalão,
· da quase metade do ministério de Dilma demitido por corrupção até que Lula mandasse blindar o restante, assim como mandou blindar Delta e Cavendish na CPI do Cachoeira,
· de Lula pedir desculpas pelo Mensalão, dizer que de nada sabia e nada fazer para coibir a prática e isolar os culpados do convívio com o poder,
· do assassinato de Celso Daniel por causa da coleta do lixo superfaturada...
· da vergonha da péssima educação,
· do abjeto descaso com a saúde pública,
· da mortandade decorrente da falta de segurança,
· do distanciamento dos políticos de seus eleitores,
· da arrogância da base aliada elegendo Renan, mesmo em desfio à opinião pública, manifesta em 1,5 milhões de assinaturas contra essa candidatura,
· da afronta à sociedade pela posse na Câmara de Deputados de dois condenados pelo STF no julgamento do Mensalão,
· da quase metade do ministério de Dilma demitido por corrupção até que Lula mandasse blindar o restante, assim como mandou blindar Delta e Cavendish na CPI do Cachoeira,
· de Lula pedir desculpas pelo Mensalão, dizer que de nada sabia e nada fazer para coibir a prática e isolar os culpados do convívio com o poder,
· do assassinato de Celso Daniel por causa da coleta do lixo superfaturada...
A lista é muito
grande, e cada um desses fatos cria revolta, descontentamento, indignação.
Enquanto a
nababesca propaganda oficial (publicada no PIG), onde tudo está às mil
maravilhas, consegue iludir parte do povo, as notícias correm à velocidade da
luz via Internet, e todo mundo fica sabendo de tudo, se informando de tudo,
ainda mais com a vigência da Lei da Transparência mostrando as falcatruas, os
desmandos, os supermegafaturamentos da transposição do São Francisco, das obras
da Copa e de tudo o mais que o governo, em todos os níveis, atocha no antro do
povo.
De repente, o
afilhado do Maluf, acha que pode retribuir o caixa dois e aumenta a tarifa dos
ônibus.
É a gota d'água.
A panela explode,
o povo vai às ruas, as manifestações se espalham por todo o país.
E agora, José?