(Continuação)
O Mensalão é apenas a
ponta do enorme iceberg da estrutura mafiosa do Partido dos Trabalhadores desde
suas origens como sindicato. Muitos outros casos, dezenas deles, são
indicativos irrefutáveis dessa estrutura corrupta.
São incontáveis os
escândalos: Celso Daniel, mensaleiros, sanguessugas, forjadores de dossiês,
aloprados, etc., etc., etc.
Fabio
Luiz da Silva, filho de Lula e dono da Gamecorp, fez contrato misterioso de 5,2
milhões de Reais com a Telemar. José Guimarães, irmão de José Genoino, mediou
negócios de empreiteiras com o Banco do Nordeste e recebeu pelo menos 100 mil
dólares encontrados na cueca de seu assessor. Antônio Palocci
Filho foi acusado de receber propinas mensais de empresa de coleta de lixo
quando era prefeito em Ribeirão Preto e de municiar o caixa dois do PT. O lixo
alimentaria caixa dois na maioria das prefeituras petistas.
Quem
desejar percorrer listas de escândalos do PT e do governo Lula pode visitar os
links abaixo:
O esquema mafioso
do governo Lula
esparramou para o de Dilma resultando em escândalos e ministros
demitidos: Alfredo Nascimento (Transportes), Antonio Palocci (Casa Civil), Luiz
Sergio (Relações Institucionais), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi
(Agricultura).
E o PT está total e
completamente enquadrado por Lula, o que torna quase impossível a Dilma se
desvencilhar da tutela e das amarras que a contém. Até mesmo figuras antes
impolutas desse partido, como Suplicy (aquele que não conteve lágrimas ao
assinar o pedido de CPI dos Correios) e Mercadante, quando quiseram mostrar
independência, ao se posicionarem pela Ética contra Sarney, foram chamados a
palácio e devidamente encaixilhados por Lula.
Enquanto isto, figuras
do cenário nacional, de cujas ideias se pode discordar, mas são respeitadas por
reconhecida integridade moral foram expulsos do PT ou dele se afastaram
inconformados com algumas de suas práticas: Babá do Pará, Chico Alencar, Heloisa
Helena, Henrique Afonso, Ivan Valente, João Alfredo, João Fontes, Luciana Genro,
Luiz Bassuma, Maninha, Marina Silva, Orlando Fantazzini e muitos outros.
É muito triste para
muitos de nós - que votamos em Lulinha Paz e Amor por não acreditarmos em Serra
nem em Alkmin, ou para aqueles que nele votaram por mera simpatia, fé
ideológica ou se convencerem de que haveria mudanças - ter que reconhecer que o
Poderoso Chefão da Máfia petista é o próprio Lula.
Reconheço que milhões de
partidários, militantes, eleitores e simpatizantes do PT são pessoas de
absoluta integridade moral, de comportamento ético irreparável, inclusive
pessoas muito próximas de mim, filhas, sobrinhos, amigos e conhecidos. Muitas
dessas pessoas abandonaram ou foram expulsas desse partido, outras estão
desconsoladas, desapontadas e frustradas, mas continuam por acreditar que
antigos ideais merecem fé e nova chance.
Em homenagem ao mérito
de pessoas muito amadas e respeitadas, concedo ao PT o direito de se reabilitar,
reerguer e continuar a prestar ao país os relevantes serviços que tem
indubitavelmente prestado. Mas para isto, o primeiro passo é abandonar o
cinismo de negar o mensalão, fazer contrito mea culpa, rigoroso expurgo interno
e trilhar o estrito caminho da legalidade, do decoro político e da Ética.
Enquanto isso, Lula deve passar o bastão definitivamente à Dilma e se recolher
monasticamente à vida privada.
A Ação Penal 470 em
curso no Supremo Tribunal Federal, até aqui, condenou cinco dos envolvidos no
escândalo do Mensalão. Apesar do destoante voto de Dias Toffoli, que a
absolveu, pelo menos uma de suas vestais foi desnudada em público: João Paulo
Cunha.
Dias Toffoli – ex-advogado
condenado em primeira instância e absolvido em recurso em processo por ilegalidade
na prestação de advocacia ao governo do Amapá; acusado pela advogada Christiane
Araújo de Oliveira de manter relações íntimas com ela em troca de favores relativos
ao escândalo do Mensalão no Distrito Federal; ex-assessor parlamentar do PT na
Câmara dos Deputados; ex-advogado das campanhas de Lula em 1998, 2002 e 2006; ex-subchefe
na Casa Civil na gestão José Dirceu - no entender de importantes juristas
deveria se declarar impedido na AP 470.
É certo que João Paulo
receberá punição exemplar, com a qual o STF indicará, a todo e qualquer ocupante
de cargo público que, daqui por diante, o serviço à República será prestado por
dois modos: que o seja com decoro e ética, como devido, ou que a espada da
Justiça se abata sobre o culpado.
O exemplo iluminará a
consciência de toda a sociedade brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário