Décadas atrás, a Alemanha esteve em situação semelhante e,
embora não se sentisse desamparada pelas demais nações, pouco se valeu de ajuda
externa. Ao contrário, apertou o cinto, diminuiu salários, lucros e impostos,
aumentou o ritmo de trabalho e priorizou a inovação tecnológica e a qualidade
de seus produtos. Por isso cresceu e se tornou fornecedora do resto da Europa e
do Mundo.
Agora, é com profundo resentimento que o trabalhador germânico
se pergunta: Porque eu, que me sacrifiquei para não perder meu precioso
emprego, tenho que sustentar o inconsequente trabalhador grego que gozou as
benesses de governos populistas e demagogos? Apesar disto, aceita financiar a
recuperação da economia grega.
O risco para a Alemanha é muito grande. Se a Grécia cai, arrasta
consigo Portugal, Espanha e Itália, possivelmente afetará seriamente Islândia,
Irlanda e, em menor grau Grã-Bretanha, França e os demais países europeus, e
outros por todos os continentes. Empregos e indústrias alemãs estarão em maus
lençóis: não haverá a quem vender sua inovadora tecnologia e elevada qualidade.
Então, apesar de relutar, não deixará a Grécia na bancarrota.
Colocada a Grécia nos trilhos, o alívio será geral. Investimentos,
bolsas, empregos crescerão, a prosperidade voltará à Europa, a América do Norte
sentirá os reflexos e aumentará seu tímido crescimento, o Japão deixará de
patinar no óleo, a China continuará a produzir e seremos todos felizes.
Os Estados Unidos continuam a imprimir dinheiro para pagar suas
despesas, em vez de cobrar impostos ou vender títulos de dívida no mercado. O
dólar fica barato, mas não tanto. O Mundo tem fé cega na moeda estadunidense,
amém.
Aqui no Brasil, a inflação está controlada, há superávit no
orçamento federal e nos estaduais, na balança de pagamentos externos e no
comércio exterior; a gastança do ano eleitoral é contida pela Lei da Ficha
Limpa, que também alveja as listas de candidatos, o emprego está em alta, assim
como as reservas cambiais que contêm a queda do dólar.
Neste cenário, logo os investimentos estrangeiros retornarão ao
Brasil. Mais empresas brasileiras serão vendidas e outras tomarão empréstimos
para investir, ou irão à Bovespa em busca dos dólares que lá jorram; as
empresas prosperam e importam trabalhadores especializados que aqui faltam,
principalmente para atender ao pré-sal.
Vai tudo bem. Até o Grão Pará sai do sufoco. Venezuela e Líbano
continuam comprando nosso gado em pé; logo outros compradores aprenderão o
caminho, ou nós o deles e mais riqueza abundará – brotando pelo porto de
Barcarena – para criadores e toda a cadeia produtiva de Carajás, Maranhão e
Tocantins. Só o Tapajós fica de fora, mas nem tanto; ainda pega uma rebarba
daqui e dali.
Jatene, repimpão, refaz a turnê por Tapajós e Carajás atrás de
bobos que acreditem e aceitem o Pará Que Te Quero Grande. Deixa ele vir, e ir.
Nós aqui estaremos trabalhando duro, na moita, concentrados na feitura de nosso
Projeto de Lei de Iniciativa Popular que cria os Estados do Carajás e Tapajós.
Estaremos preparando o caminho da redenção, da autonomia, da
LIBERDADE.
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