Corrupção, lá como aqui, sempre existe, o que não me
espanta uma vez que, quando se criam dificuldades, o resultado é sempre o
surgimento de mercado subterrâneo onde se compram e vendem facilidades. E ai
está a origem da sonegação fiscal, do contrabando e do tráfico de cigarros,
bebidas, drogas, favores e influências. A diferença entre la izquierda do reino
de Raul Castro, a máfia de Al Capone e o Ministério Dilma, herança maldita de
Lula, é mera questão de arte e estilo.
Mas não é isto que move meu pensamento. O assunto apenas me
faz refletir, a modo de Maquiavel, sobre os tipos de gentes que há. E é
analisando o comportamento das pessoas que verifico existirem sete tipos de
gente: conformistas, pensadores, cientistas, inconformados, artistas, empreendedores
e líderes. E, claro, suas misturas e gradações.
Conformista é a grande maioria da Humanidade, sua quase
totalidade, algo perto de 95 por cento, ou mais, são pessoas que preferem a
obediência e a rotina. Uma vez que determinadas condições mínimas de satisfação
ou conforto sejam atingidas elas passarão a vida toda conformadas com o status
quo, admirando e aplaudindo os líderes que lhes proporcionem tais condições.
São assim alemães e italianos de Hitler e Mussolini, cubanos e venezuelanos de
Fidel e Chávez, brasileiros de Getúlio e Lula.
Pensadores são aqueles que pouco agem e muito pensam, são
os filósofos, religiosos, ideólogos, sociólogos, juristas, gente como
Aristóteles e Platão, Buda e Jesus Cristo, Adam Smith, Karl Max e Max Weber,
Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro, Ulpiano e Clovis Bevilaqua.
Cientistas e inventores são os que nos abrem as portas do
conhecimento, os descortinadores de novos horizontes para a Humanidade, os
solucionadores de problemas, os facilitadores, gente como Arquimedes e
Euclides, Mendel e Darwin, Newton e Einstein, Thomas Edson e Santos Dumont.
Inconformados são os rebeldes que nunca se conformam com
nada, estão sempre contestando tudo e quando atingem um objetivo, se é que o
fazem, saem em busca de novos moinhos de vento à moda de Dom Quixote. Coloco
nesse nicho Che Guevara e Bin Laden.
Artistas, músicos e poetas, historiadores e romancistas,
pintores, escultores e arquitetos, gente que interpreta a alma das pessoas e as
faz rir e chorar, cantar e dançar, cujos nomes são tantos e tão expressivos que
me escuso de exemplificar, mas que qualquer um pode fazer sua própria lista como
desejar.
Empreendedores são os artífices da economia, inovadores dos
negócios, construtores do progresso como Rockfeller e Lesseps, Henry Ford e
Steve Jobs, Mauá e Matarazzo.
Temos, finalmente, os líderes, os que prendem nossos
corações e mentes com suas palavras, ideias e exemplos e nos conduzem por seus
caminhos, são pessoas como Gandhi e Martin Luther King. Deixem-me ficar só com
estes para não estragar o rol.
É exatamente quando as dificuldades são impostas por
regimes autoritários, arrogantes e inconsequentes que a mistura de inconformismo,
arte e empreendedorismo se junta para criar o tipo justo capaz de superar e
contornar os empecilhos por atraentes e perigosos descaminhos, los caminos por
la izquierda.
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