24 de maio de 2019

DISSENÇÕES VOLUNTARISTAS


Aqueles que como você e eu que já lemos a Bíblia, Shakespeare, Maquiavel, Platão e Aristóteles, algo de Marx, Weber, Misses e Gramsci, assim como de História, Economia, Sociologia e Psicologia certamente conhecemos o caráter e a alma do ser humano e de um cidadão em particular: Jair Messias Bolsonaro.
Não podemos, portanto, nos dizer surpresos com algo que o incontido ímpeto do Presidente pronuncie. Franca espontaneidade é característica marcante de sua personalidade, e dele ouvimos coisas que agradam tanto quanto desagradam a uns e outros, dependendo da parcela de seu diversificado público.
Reconhecemos, também, outro traço marcante dessa personalidade despojada, a humildade em reconhecer suas limitações e corrigir seus atos.
Sendo quem somos, e sabendo o que sabemos, não adotamos Bolsonaro como ídolo cuja personalidade deva ser cultuada. Para nós Bolsonaro é apenas o instrumento político da vontade popular de livrar nosso país da corrupção generalizada, do atraso político, da inércia funcional do Estado burocratizado ao extremo, do altíssimo custo operacional de nossa economia, da falta de estratégia civilizatória nacional de longo prazo que guie nosso desenvolvimento nas próximas gerações no rumo da grandeza entre as nações.
Não que ele, por si só possa fazer tudo isso, mas que dê o primeiro passo, abra o caminho para que seus sucessores prossigam com a magna tarefa.
Sabemos que é isto que Bolsonaro está fazendo, cercando-se de auxiliares de primeira linha, lançando programas de alto nível que submete a um Congresso metade antagônico e sabotador, por outro lado, desorientado e idiossincrático.
Este não é o momento para divergências inúteis, críticas descabidas e extemporâneas que na realidade não atingem o Presidente, mas ferem gravemente o esforço no rumo certo para atender a vontade do povo brasileiro expressa nas urnas de outubro passado.
Vamos deixar toda celeuma para a campanha eleitoral de 2023.
O Brasil precisa de paz, de armistício geral, mais ainda, de harmonia interna entre os apoiadores do programa liderado pelo Presidente Bolsonaro.
Não é momento para dissenções voluntaristas.

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