Pela Saudade
Que Me Invade
Eu Peço Paz. (Dalva de Oliveira)
Eu Peço Paz. (Dalva de Oliveira)
Queridos parentes, amigos e
confrades, aos oitenta e sete anos, já percorrida a maior parte do que me resta
de vida e, há muito abandonada a vaidade, com profunda humildade lhes peço perdão
e paz.
Perdão, porque podem sentir-se ofendidos
por algo que eu tenha dito.
Paz, porque necessito conviver
harmonicamente com quem mais prezo, respeito e amo.
Brigas, malquerenças, conflitos, guerras
existem quando estamos apaixonados por nossas crenças, nossos ídolos e deuses, ideais
e ideologias, partidos e líderes, até times de futebol. É por isso que encamisados
de Vasco ou Palmeiras agridem e matam torcedores de Flamengo ou Corinthians, ou
vice-versa. É por intolerância radical ao diferente, ódio irracional ao
adversário, desrespeito à dignidade humana do oponente.
Sinto-me seguro, talvez impropriamente,
de não ter diminuído, destratado ou ofendido a dignidade da pessoa de qualquer
de vocês, porque procuro me comportar conforme fui educado, e por meus
argumentos se apoiarem, quem sabe indevidamente, em fatos e números. Mas nada
disto importa se aqueles que me ouvem ou leem se sintam magoados e ofendidos
por verem feridas suas verdades e crenças. Se isso ocorre, então, peço
perdão.
Muito embora meus argumentos encontrem
grande número de apoiadores entre os milhares de amigos e centenas de
seguidores das redes sociais, percebo que os ambientes mais próximos (família e
IHGTap) são povoados por maioria de opositores ideológicos, alguns bastante
incisivos.
Meus
parentes, amigos e confrades sendo, como são, tolerantes e respeitosos por
berço e educação, haverão de me tolerar e respeitar como pessoa, mesmo que não tolerem
minhas ideias, assim como, embora discorde de suas opiniões, tolero e respeito a
dignidade de suas pessoas.
Mesmo
porque a intolerância, o cerceamento da liberdade de expressão, a censura,
seria a mais completa negação da Democracia só concebível em ditadura totalitária
como o nazi-fascismo hitlerista ou comunismo stalinista. Afinal, concordamos
todos com Voltaire: : “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o
dizeres”.
Estejam
todos certos de que, como Bertrand Russel, “eu jamais morreria pelo que acredito
porque posso estar errado”.
Paz e Amor.
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