O conceito de Estado surgiu
quando a primeira sociedade agrícola, estabilizada em determinado território,
percebeu que deveria se organizar sob a égide de um líder, barão, conde ou rei,
uma monarquia, ou de um conselho, uma república, para proteger a vida e a
propriedade de seus agricultores e artesãos contra assassinos e salteadores
externos e internos dando origem aos exércitos e às polícias, cabendo ao líder
o julgamento dos conflitos de interesses entre pessoas do povo, o
relacionamento com outras comunidades agrícolas, e arrecadação dos dinheiros
para custear todas essas funções.
Embora, ao longa da História,
soberanos tenham usurpado muitos poderes em benefício da pompa e circunstância
próprios e de suas cortes, a essência do Estado, sua justificativa de
continuidade sempre foi e é manter exército, polícia, justiça, diplomacia e finança
pública, sempre com o propósito fundamental de proteger a vida, a honra e o
patrimônio de todos os cidadãos.
O que assistimos
cotidianamente no Brasil é o agravamento de doença crônica a carcomer as
entranhas de um Estado a serviço de imensa corte de sátrapas (altos dignitários)
e “laterones” (que ladeiam o rei|) a sugar sangue, suor e saúde do povo,
sobrecarregando-o com altíssimos tributos e negando-lhe a vida, a honra e a propriedade,
todas à mercê de assassinos e salteadores internos e externos, inclusive aqueles
cuja missão é exatamente essa, de salvaguardar o cidadão comum de tais ameaças.
O Estado brasileiro perdeu as
funções primordiais, essenciais e justificadoras de sua existência e precisa
ser refundado com novos quadros governantes e administrativos capazes de engenhar
um novo Estado, apto a enfrentar os desafios da globalização e da modernidade tecnológica,
garantidor da vida, da honra, isto é, da dignidade, e do patrimônio de todos os
cidadãos.
Que morra o Estado facínora.
Que surja o novo Estado virtuoso.
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