26 de agosto de 2018

O estado patológico do Estado brasileiro


O conceito de Estado surgiu quando a primeira sociedade agrícola, estabilizada em determinado território, percebeu que deveria se organizar sob a égide de um líder, barão, conde ou rei, uma monarquia, ou de um conselho, uma república, para proteger a vida e a propriedade de seus agricultores e artesãos contra assassinos e salteadores externos e internos dando origem aos exércitos e às polícias, cabendo ao líder o julgamento dos conflitos de interesses entre pessoas do povo, o relacionamento com outras comunidades agrícolas, e arrecadação dos dinheiros para custear todas essas funções.
Embora, ao longa da História, soberanos tenham usurpado muitos poderes em benefício da pompa e circunstância próprios e de suas cortes, a essência do Estado, sua justificativa de continuidade sempre foi e é manter exército, polícia, justiça, diplomacia e finança pública, sempre com o propósito fundamental de proteger a vida, a honra e o patrimônio de todos os cidadãos.
O que assistimos cotidianamente no Brasil é o agravamento de doença crônica a carcomer as entranhas de um Estado a serviço de imensa corte de sátrapas (altos dignitários) e “laterones” (que ladeiam o rei|) a sugar sangue, suor e saúde do povo, sobrecarregando-o com altíssimos tributos e negando-lhe a vida, a honra e a propriedade, todas à mercê de assassinos e salteadores internos e externos, inclusive aqueles cuja missão é exatamente essa, de salvaguardar o cidadão comum de tais ameaças.
O Estado brasileiro perdeu as funções primordiais, essenciais e justificadoras de sua existência e precisa ser refundado com novos quadros governantes e administrativos capazes de engenhar um novo Estado, apto a enfrentar os desafios da globalização e da modernidade tecnológica, garantidor da vida, da honra, isto é, da dignidade, e do patrimônio de todos os cidadãos.
Que morra o Estado facínora. Que surja o novo Estado virtuoso.

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