9 de abril de 2020

Covid-19 - China strangles the world


Developed countries complain about job losses, but have social policies that protect the unemployed, while third world people, living below the poverty line, desperately need jobs. It is true that systemic unemployment, resulting from automation and artificial intelligence, grows exponentially, but it demands large capital and has to compete with cheap labor from underdeveloped countries, allowing a reduction in the pace of robotization and unemployment.
Globalization is democratizing and equalizing, it distributes wealth everywhere, it raises people from extreme poverty. Globalization - understood as the free worldwide movement of people, goods, services and capital - is an ideal to be pursued for the prosperity of Man and the good of Humanity.

Globalização: o que é, origem, efeitos, pontos positivos e ...The Covid-19 pandemic, however, is demonstrating that such an ideal needs supranational planning and regulation, in order to avoid the monopolization of the production of certain goods, of vital need to all countries, by nations that have some intrinsic competitive advantage, such as the immensity of China's population, which makes it the largest domestic market, whose service demands and causes industrial production on an extremely high scale.
The European unified market is about a third, the North American a quarter and the Brazilian only fifteen percent of the Chinese. The first two have long been in the class of economically developed people, therefore with little leverage for growth, because the basic needs of their people are already largely satisfied. Brazil is a strong candidate for rapid development because it has many people in need of basic needs such as sanitary sewage. On the other hand, more than five hundred million Chinese are at the lower and lower middle class level, which means almost two populations of the United States as a market eager to consume and grow.
In addition, the Chinese people have been subjected - and accustomed to obeying - to dictatorial governments for thousands of years, are extremely hardworking and highly literate, offering laborious, disciplined, educated and cheap labor, everything that the industry needs, along with management, technology and capital to develop very quickly.
European and American industrialists and workers prospered and enriched in the post-war period and became fat cats and all they want is to be asleep on the sofa. It is no wonder that Europe and North America attracted millions of immigrants to take up their menial jobs and went through the third world in search of laborious, disciplined, educated and cheap labor.
When Mao Tse-Tung ascended the Marxist pantheon, he opened the way for Deng Xiaoping to carry out the “second revolution”, a mixed policy of nationalizing a few sectors considered strategic and freeing the rest for entrepreneurship and capital, both Chinese and foreign. From 1978, China started a “great march” towards prosperity that, in four decades, transformed it into the largest exporter of industrial goods on the planet, to the point that it is now almost the sole supplier of some products and threatens to monopolize, for example, the fifth generation of mobile internet.
At this moment of great affliction caused by the coronavirus, the World, in a long Indian line, begs the Chinese industrialists for pulmonary ventilators essential to the treatment of severe cases of pneumonia caused by Covid-19.
Donald Trump, considered by many as a crude unsympathetic, with his vision of a businessman accustomed to the clashes of interests in millionaire negotiations, has enough acuity to perceive the mess his country was taken by political immediacy and lack of long-term strategic vision. Trump knows that, in addition to the competitive advantages inherent in Chinese work culture, China undervalues ​​its currency, the yuan, making its production extremely attractive compared to the rest of the world.
The "America first" campaign aims to return to the United States jobs that have been taken to other nations and prevent technologies of general application, such as the G5, from escaping American control.
The fact that the rest of the world is dependent on China for equipment and supplies for medical treatment, even the simplest ones, such as surgical masks, in this Covid-19 crisis, leads us to reflect on the future of globalized trade and regarding arrangements to diversify sources of supply.
China has long invested heavily in infrastructure and encourages food production in Africa to become less dependent on its two largest protein suppliers: United States and Brazil.
This example must be emulated by other countries that, like Brazil, whose industry loses successive clashes with China, not only due to its smaller scale of production, but also due to exchange rate disadvantage. This, however, can lead to successive market closures through bureaucratic, sanitary, currency devaluation and fiscal barriers, with retrocession of globalization, which has contributed so much to the spread of wealth around the world, benefiting extremely poor nations, like Bangladesh, although, as we see now, mainly China.
The UN or WTO should study this issue and propose an international trade policy that, at the same time, promote free movement of people, goods, services and capital, and avoid the concentration of benefits and monopolies in just one country or region.
The world needs alternative sources, second suppliers, to gain independence from Chinese strangulation.

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8 de abril de 2020

Coronavirus versus globalização


Países desenvolvidos se queixam da perda de empregos, mas possuem políticas sociais que protegem os desempregados, enquanto povos do terceiro-mundo, vivendo abaixo da linha de pobreza, necessitam desesperadamente de postos de trabalho. É certo que o desemprego sistêmico, decorrente da automação e da inteligência artificial, cresce exponencialmente, mas demanda capital vultoso e tem que concorrer com a mão de obra barata dos países subdesenvolvidos, permitindo diminuição do ritmo da robotização e do desemprego.
A globalização é democratizante e equalizadora, distribui riqueza por toda parte, soergue populações da pobreza extrema. Globalização - entendida como livre circulação mundial de pessoas, bens, serviços e capitais - é ideal a ser perseguido para a prosperidade do Homem e bem da Humanidade.
Conceito Internacional Global Da Globalização Do Mapa Do Mundo ...A pandemia do Covid-19, no entanto, está demonstrando que tal ideal precisa de planejamento e regulamentação supranacional, para evitar a monopolização da produção de certos bens, de necessidade vital a todos os países, por nações que possuam alguma vantagem competitiva intrínseca, como é o caso da imensidão populacional da China, que a torna o maior mercado interno, cujo atendimento exige e provoca produção industrial em escala extremamente elevada.
O mercado europeu unificado é cerca de um terço, o norte-americano um quarto e o brasileiro apenas quinze por cento do chinês. Os dois primeiros estão há muito na classe dos economicamente desenvolvidos, portanto com pouca alavancagem para crescimento, porque as necessidades básicas de seus povos já estão mormente satisfeitas. O Brasil é forte candidato a rápido desenvolvimento porque tem muita gente carente de necessidades tão básicas como rede de esgoto sanitário. Por outro lado, mais de quinhentos milhões de chineses estão no nível de classe média baixa e inferior a esta, o que significa quase duas populações dos Estados Unidos como mercado ansioso por consumir e crescer.
Além disto, o povo chinês é milenarmente submetido - e acostumado a obedecer - a governos ditatoriais, é extremamente trabalhador e grandemente alfabetizado, ofertando mão de obra laboriosa, disciplinada, instruída e barata, tudo o que a indústria precisa, a par de administração, tecnologia e capital para se desenvolver de modo muito acelerado.
Os industriais e os trabalhadores europeus e norte-americanos prosperaram e enriqueceram no pós guerra e se tornaram gatos gordos que tudo o que querem é ficar dormitando no sofá. Não é atoa que Europa e Norte-américa atraíram milhões de imigrantes para assumir seus trabalhos servis e saíram pelo terceiro-mundo em busca de mão de obra laboriosa, disciplinada, instruída e barata.
Quando Mao Tse-Tung ascendeu ao panteão marxista abriu caminho para Deng Xiaoping realizar a “segunda revolução”, política mista de estatização de poucos setores considerados estratégicos e liberação dos demais para o empreendedorismo e o capital, tanto chineses quanto externos. A partir de 1978, a China iniciou “grande marcha” para a prosperidade que, em quatro décadas, a transformou no maior exportador de bens industriais do planeta, ao ponto se ser hoje quase único fornecedor de alguns produtos e ameaçar monopolizar, por exemplo, a quinta geração de internet móvel.
Neste momento de grande aflição causada pelo coronavirus, o Mundo, em longa fila indiana, implora aos industriais chineses por ventiladores pulmonares essenciais ao tratamento de casos graves de pneumonia provocados por Covid-19.
Donald Trump, considerado por muitos como grosso e antipático, com sua visão de empresário acostumado aos embates de interesses em negociações milionárias, tem acuidade suficiente para perceber a enrascada à qual seu país foi levado por políticos profissionais imediatistas sem visão estratégica de longo prazo. Trump sabe que, além das vantagens competitivas inerentes à cultura chinesa, a China subvaloriza de sua moeda, o yuan, tornando sua produção extremamente atrativa diante do resto do mundo.
A campanha “America first” tem por finalidade devolver aos Estados Unidos os empregos que foram levados a outras nações e evitar que tecnologias de aplicação geral, como a G5, fujam do controle americano.
A constatação, pelo resto do mundo, de estar dependente da China, quanto a equipamentos e insumos para tratamento médico, mesmo os mais simples, como máscaras cirúrgicas, nesta crise do Covid-19, nos leva à reflexão sobre o futuro do comércio globalizado e quanto às providências para diversificar fontes de suprimentos.
Há muito, a China investe maciçamente em infraestrutura e incentiva a produção de alimentos na África para se tornar menos dependente de seus dois maiores fornecedores de proteína: Estados Unidos e Brasil.
Este exemplo deve ser emulado pelos demais países que, como o Brasil, cuja indústria perde sucessivos embates com a China, não só pela menor escala de produção, como por desvantagem cambial. Isto, no entanto, pode conduzir a sucessivos fechamentos de mercados por barreiras burocráticas, sanitárias, cambiais e fiscais, com retrocesso da globalização, que tanto tem contribuído para difusão de riqueza pelo mundo, beneficiando nações extremamente pobres, como Bangladesh, embora, como vemos agora, principalmente a China.
A ONU ou a OMC devem estudar esta questão e propor uma política comercial internacional que, ao mesmo tempo, promova a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais e evite a concentração de benefícios e monopólios em apenas um país ou região.
O mundo precisa de fontes alternativas, segundos fornecedores, para obter independência do estrangulamento chinês.

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