Nos primórdios da indústria
de processadores eletrônicos, os montadores de computadores pessoais, imitando
a indústria automobilística, exigiu dos fabricantes detentores de patentes que
as cedessem a terceiros, de forma a contar com fornecedores secundários, para manter
fluxo, preço e qualidade em níveis adequados. O “second sourcing” tornou-se prática
usual no Vele do Silício, primeiro com fornecedores norte-americanos, depois
japonese, sul-coreanos e taiwaneses, finalmente, chineses. Só que, em vez dos
fornecedores secundários estarem em países ou mesmo continentes diferentes,
passaram todos a serem chineses. A China é hoje quase único fornecedor de muitas
indústrias, no Brasil e outros países, inclusive componentes de computadores, telefones móveis e outros
eletrônicos.
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A Humanidade tem que
encontrar meios de manter, não somente, concorrentes entre as mesmas
tecnologias, mas entre tecnologias diferentes, sediadas em diversos países,
continentes e hemisférios para garantir o fluxo de suprimentos para todas as
montadoras do Mundo.
Isto pode criar oportunidades
para zonas francas brasileiras, não apenas a de Manaus, mas de novas,
possivelmente em Santarém e Macapá, dedicadas ao “second sourcing” associado a detentores
de patentes de outros países, se soubermos convencer governos e industriais do
quanto esta política é imperativa para evitar bloqueios por quaisquer motivos,
inclusive pandemias.
O Ministério da
Economia deve, imediatamente, nomear um Secretario ad hoc para estudar o tema,
propor medidas legislativas, criar zonas francas e atrair indústrias.
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