Este artigo foi
reescrito do original publicado na
imprensa do Tapajós e neste blog em 20 de
maio de 2008.
O mundo do século XXI possui impérios
territoriais e/ou populacionais como Estados Unidos da América, União Europeia,
China, Rússia, Índia e Brasil, além de potências ex-imperiais como Japão,
Alemanha, França e Reino Unido e outras menores, todos antagônicos entre si,
buscando cada qual satisfazer os interesses e necessidades de seus povos.
O Brasil, embora o mais fraco militarmente, inclusive
pela renúncia constitucional às armas atômicas, possui riquezas tanto
ambientais quanto econômicas inexploradas que são objeto de escrutínio
constante com vistas à sua usurpação.
Setores dos grandes impérios e
outras potências econômicas pretendem extinguir a soberania brasileira e internacionalizar
a Amazônia para explorá-la a bel prazer.
Impérios não são ingênuos nem
bonzinhos. Impérios forçam condições e impõem seus interesses subjugando os
mais fracos. Até mesmo nações menores, quando providas de recursos para impor
suas vontades, como a Noruega, por exemplo, se movimentam tentando usurpar
nosso patrimônio.
O recente ataque francês ao
Brasil, a pretexto de protestar contra incêndios florestais e defender o meio-ambiente,
porém visando a internacionalização da Amazônia e outros interesses econômicos,
levanta entre brasileiros com visão geopolítica, principalmente militares, a
necessidade de definir e implementar estratégias de proteção da soberania
nacional e desenvolvimento sustentável de longo prazo para a Amazônia.
O congelamento econômico da
Amazônia, por meio de extensas reservas ambientais e indígenas, associado à
falta de investimento em pesquisa científico-tecnológica apenas resultam em
pobreza, estagnação e vazios improdutivos que exaltam a cobiça de quem acredita
saber e poder tirar mais com menos para benefício próprio, não só os estrangeiros,
como madeireiros e garimpeiros nativos impulsionados pela ignorância e pobreza.
Vejamos, agora, o que devemos fazer para proteger os grandes e fundamentais interesses do povo brasileiro na Amazônia.
Vejamos, agora, o que devemos fazer para proteger os grandes e fundamentais interesses do povo brasileiro na Amazônia.
Em primeiro lugar, o império da
Lei. A lei se diz igual para todos, portanto, somos todos iguais, ou devemos
ser, e se não formos há que corrigir a anomalia. Índios e demais brasileiros
são ou devem ser iguais e, se não o são, o Estado deve realizar programa de
educação integral que conduza os povos indígenas a se integrarem à vida
nacional no prazo de uma geração.
Não esqueçamos que, durante a
Segunda Grande Guerra, colônias alemãs, italianas e japonesas foram induzidas a
adotar a língua portuguesa e ao processo de integração à cultura nacional.
Dentro de um quarto de século,
os brasileiros de origem indígena, não somente devem ter sistematizado sua
própria cultura, tornando-a literal para que não se perca, como se integrado a
cultura geral brasileira. Nesse prazo os indígenas deverão estar aptos à
convivência social ampla e ao exercício das profissões da vida moderna,
porquanto não é justo condená-los ao primitivismo subumano.
Então, a diversificada cultura
brasileira estará vitalizada e enriquecida com as variadas culturas dos
diversos povos indígenas, ao mesmo tempo preservadas e integradas às de povos
tão diversos como asiáticos, europeus e africanos. No entanto, o Brasil
continuará a ser uno em sua rica diversidade cultural.
A segunda providência para
tornar iguais os desiguais, será impor o mesmo critério para as propriedades de
terras, fazendo com que todos os brasileiros, sejam de que origens forem,
tenham os mesmos direitos fundiários e as mesmas restrições latifundiárias.
Desta forma, desaparecerão os enormes e vazios latifúndios que hoje constituem
as reservas de todos os tipos, liberando espaços específicos para a exploração
sustentável de nossas imensas riquezas.
Deste modo a Amazônia será
descongelada e colocada a serviço dos amazônidas, multiplicando nossa riqueza
econômica e colocando esta grande nação entre as maiores do mundo.
O terceiro eixo estratégico é a
consolidação e ampliação do esforço de pesquisa científica e tecnológica
amazônica, semelhante ao desenvolvido pela Embrapa no setor agropecuário,
visando o aproveitamento sustentável econômico-social do potencial mineral,
vegetal e animal amazônicos, sempre buscando a verticalização da agregação de
valor ao produto desta região.
Sustentar significa repor o que
se retira, restabelecer ou compensar com vantagem o que foi alterado, multiplicar
a produtividade mantendo o equilíbrio ecológico.
Este é o caminho para usar a Amazônia, sem a destruir, torna-la benéfica ao Brasil e à Humanidade, para satisfação, orgulho e proveito de seus vinte e cinco milhões de habitantes, que somo nós os amazônidas.
Este é o caminho para usar a Amazônia, sem a destruir, torna-la benéfica ao Brasil e à Humanidade, para satisfação, orgulho e proveito de seus vinte e cinco milhões de habitantes, que somo nós os amazônidas.